A privatização do Banco do Brasil é um processo inevitável, em função do avanço da tecnologia no setor bancário e os fenômenos das fintechs e do ”open banking” (abertura de dados e serviços bancários a outras empresas), disse nesta sexta-feira (25) o presidente do BB, Rubem Novaes.
Segundo o executivo, o controle do banco pelo Estado cria amarras que dificultarão a competição da empresa no mercado ”no horizonte de dois, três, quatro anos”.
”É opinião minha, não é de governo, mas eu acho que, em algum momento, a privatização do Banco do Brasil será inevitável. Com as amarras que uma empresa pública tem, vai ser muito difícil o ajustamento, no horizonte de dois, três, quatro anos, a esse novo mundo de open banking e das fintechs. Fica muito difícil em uma instituição ligada a governos acompanhar esse ritmo. Competimos com uma espécie de bola de ferro na canela”, declarou Novaes, em palestra na Associação Comercial do Rio de Janeiro.
Para o presidente do BB, entretanto, a classe política ainda não está ”preparada” para o processo. ”As pessoas ainda acham que a presença do governo no mercado de crédito é importante e que o papel do BB na agricultura não possa ser substituído por bancos privados. Eu acho que isso não é verdade, porque todos os mecanismos de indução que você tem para o crédito rural você pode usar de maneira generalizada”, disse. Com informações do Globo.