A ficha criminal de Dario Disnar da Silva Junior só não é maior que o número de resultados em sites de buscas na internet que ligam seu nome a fraudes e golpes milionários pelo país. Dário foi preso por volta das 18h de sexta-feira (9/1), durante blitz da Polícia Rodoviária Federal-PRF, no posto de Milagres, à altura do Km 544 da BR-116 em companhia da esposa a bordo de um GM/Camaro, cor branca, avaliado em mais de R$ 200 mil, placa OZP-9909, licença de Jequié, cidade onde estava morando. no bairro São Judas Tadeu. Dario Disnar, 54 anos, coleciona mais de 80 processos em vários estados. Só na Bahia, são 38 processos por fraude. Na Polícia Federal, são 18 processos. Durante a abordagem policial, agentes da PRF desconfiaram dos documentos apresentados pelo estelionatário. Os policiais encontraram documentos falsos e cartões de crédito supostamente clonados e uma carteira de sócio da AABB de Jequié. Para burlar as buscas por seu nome, Dario criou uma nova identidade com pequenas alterações nos documentos. Ora se apresentava como Dario Disnard, ora como Dario Isnar. Uma busca ao site da Secretaria de Segurança Pública da Bahia revelou que o homem com nomes diferentes em cada documentação era um dos maiores estelionatários do país. Segundo a PRF, confrontado com a ficha criminal, ele acabou confessando. Após ter sido preso ele foi levado para a delegacia de Itaberaba sendo autuado em flagrante por crimes nos artigos 171, 299 e 304 do Código Penal Brasileiro devendo responder por estelionato, uso de documentos falsos e falsidade ideológica. A mulher de Dario foi liberada. Uma das últimas prisões de Dario foi em Pernambuco, em 2008, suspeito de ter faturado mais de R$1 milhão aplicando golpes em agricultores. Através do canal por assinatura Canal do Boi, ele anunciava a venda de máquinas agrícolas, tratores e caminhões e nunca entregava o produto aos compradores. Ele foi preso em um apartamento de luxo na praia de Boa Viagem avaliado em R$ 600 mil. A polícia também apreendeu uma Mercedes e uma caminhonete Nissan, que, juntas, custam cerca de R$ 350 mil. Dario responde a inquéritos em São Paulo, Brasília, Minas Gerais, Bahia e Acre. (Correio da Bahia)