Afastado do cargo desde o dia 26 de outubro, quando foi preso durante a Operação Último Tango, da Polícia Civil e do Ministério Público (MP-BA), o presidente da Câmara de Vereadores de Correntina, no Extremo-Oeste do estado, Wesley Campos Aguiar (PV), o Maradona, está de volta à presidência da casa por decisão liminar (temporária) da Segunda Câmara Criminal do Tribunal de Justiça da Bahia (TJ-BA). Nesta segunda-feira (18), o desembargador Jefferson Alves de Assis determinou também que os servidores do Legislativo local Hugo Neves dos Santos e Cleuzinete de Souza Sales voltem a exercer suas funções e que as medidas cautelares, como proibição de sair de casa à noite e aos finais de semana por um ano, sejam analisadas pela Justiça de primeiro grau para ser continuadas ou não. Assis destacou na decisão que ”os pacientes não foram presos em flagrante, bem como não cometeram crimes violentos ou inafiançáveis” e determinou ”o restabelecimento da situação pré-processual para permitir que Wesley Campos Aguiar retorne ao cargo de Vereador Presidente da Câmara Municipal de Correntina, como meio de imprimir segurança jurídica ao cargo para o qual foi eleito”. Maradona, que se diz ”vítima de um grande golpe político”, é acusado de envolvimento em uma suposta organização criminosa que, segundo o MP-BA, fraudou licitações, contratos e desviou verbas públicas em Correntina. Ele ficou 21 dias preso. O parlamentar, os dois servidores beneficiados na decisão desta segunda, o motorista particular Erickson Linces Santos e outros cinco vereadores foram denunciados dia 23 de novembro à Justiça pelos crimes de peculato, corrupção passiva e por integrar organização criminosa. Os outros parlamentares denunciados são Jean Carlos Pereira dos Santos (PP), o Jean da Guarda; Milton Rodrigues Souza (PCdoB), o Miltão; Nelson da Conceição Santos (PRB), conhecido como Nelson Carinha; e Juvenil Araújo de Souza (PCdoB), o Babado Pimenta, e Adenilson Pereira de Souza (PTN), conhecido domo Wil. Eles não foram localizados para comentar o caso. Maradora não foi localizado para comentar o caso e o advogado dele, Rogério Andrade, declarou apenas que o cliente é inocente. Nas redes sociais, Maradora chegou a divulgar um vídeo em que afirmava que estava sendo vigiado ”24 horas por dia, como se fosse um ”Big Brother” e que ”até a marca do papel higiênico lá de casa eles sabiam”. Maradona disse que “nenhum dado ao erário público foi encontrado”.