”Existe um complô do Ministério Público da Bahia, em Jequié, contra minha pessoa, com o propósito de me penalizar. Fizemos várias denúncias no MP contra o governo do ex-prefeito Luiz Amaral e ninguém nunca se preocupou em apurar e, de repente apuraram as acusações contra minha pessoa onde as testemunhas de defesa não foram ouvidas. Todos sabiam que eu não tinha conhecimento daquele esquema fraudulento envolvendo a CAPMISA”, disse em sua defesa o presidente da Câmara Municipal de Jequié, vereador José Simões de Carvalho Junior , entrevistado pelo apresentador/repórter Júnior Mascote (Cidade Sol FM), na manhã desta sexta-feira (14).
A entrevista teve como foco a sentença datada de 7/11, emitida pelo Juiz de Direito, Tibério Coelho Magalhães, da 2ª Vara Cível da Comarca de Jequié, referente à ação civil pública, por ato de improbidade administrativa, na apuração de denúncia oferecida pelo Ministério acerca de irregularidades em concessões de empréstimos, através da instituição CAPEMISA, a funcionários da Câmara Municipal de Jequié, no período do biênio legislativo 2007/2008. O vereador José Simões confirmou que seus advogados requereram a suspeição do Juiz Tibério Magalhães, no julgamento da ação. Simões disse ainda que permanece com seu mandato de vereador e presidente do legislativo municipal e que seus advogados irão recorrer da decisão local, junto ao Tribunal de Justiça e, “se for necessário vamos até a última instância, em Brasília”. O vereador foi perguntado pelo apresentador do programa se ele atribuía a decisão à questão política resultante do seu rompimento com o deputado federal Roberto Britto, tendo Simões respondido que está distanciado do deputado e não poderia imputar ao mesmo qualquer acusação. ”A justiça e o Ministério Público foram bem claros comigo dizendo que eu não teria chance e que iriam me pegar, sabendo que não tem nada que me incrimine é sinal que eles estão mal intencionados”, enfatizou José Simões.
Exonerações – Outro questionamento feito por Júnior Mascote, a José Simões, foi com relação aos assessores parlamentares exonerados no mês de outubro e que protocolaram ação no Ministério Público cobrando o recebimento dos seus direitos trabalhistas, tendo o presidente da Câmara afirmado que todos irão receber o que lhes é devido e que as exonerações foram feitas dentro da legalidade respeitando a Lei de Responsabilidade Fiscal. Justificando que havia a necessidade dos cortes para ajustes financeiros do orçamento no final do exercício, Simões disse para justificar as dispensas: “Com o acréscimo de mais sete vereadores na atual legislatura foram mais 30 cargos criados elevando o valor total da folha de pagamento de pessoal”. Por Wilson Noaes