A proposta de financiamento da saúde por meio de consórcios interfederativos, apresentada pelo governo do Estado, cujo projeto esclarece que os consórcios serão responsáveis pela gestão regionalizada de serviços, como unidades de pronto atendimento, laboratórios regionais e, eventualmente, o Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu), e hospitais municipais e filantrópicos, foi discutida nesta sexta-feira (27/3) no auditório da Secretaria de Educação de Jequié. O evento, presidido pela prefeita anfitriã, Tânia Brito (PP), além dos presidentes dos consórcios que representam os territórios do Vale do Jiquiriçá, Zé Cocá (PP), prefeito de Lafaiete Coutinho, e Railton Oliveira (PT), do Rio de Contas, chefe do Executivo de Itagi, contou com as presenças de diversos prefeitos e secretários de saúde de municípios das duas regiões, que discutiram em blocos de debate a proposta que visa regionalizar o oferecimento de serviços de saúde pública.
Foram feitas explanações pelos gestores, Zé Cocá, Tânia e Railton, com afirmações de que a criação do Consórcio de Saúde oferece vantagens como a redução de custos operacionais com transporte de pacientes, captação de recursos públicos, ganho de escala na aquisição de medicamentos, que otimizam o trabalho dos profissionais ao possibilitar o compartilhamento de médicos e especialistas, flexibilizando os regimes de contratação. Os consórcios serão responsáveis pela gestão regionalizada de serviços, como unidades de pronto atendimento, laboratórios regionais e, eventualmente, o SAMU 192, e hospitais municipais e filantrópicos. A meta é construir 28 policlínicas, com 32 especialidades, e equipamentos, como tomógrafos, ressonância magnética, rastreamento de câncer de mama e vários outros exames.A criação dos consórcios, segundo projeto apresentado, evita o deslocamento de pacientes que precisam viajar 600, 800 quilômetros para chegar à capital e fazer seus exames. Logo após a discussão com os gestores municipais e a regulamentação dos consórcios, a expectativa do governo é iniciar as obras de dez policlínicas nos polos regionais, ainda este ano, e os consórcios do Médio Rio de Contas e do Vale do Jiquiriçá se unem pela implantação de uma policlínica em Jequié, para atender a toda região.
A proposta é que o Estado seja o responsável pela construção e aquisição dos equipamentos das unidades, além de cofinanciar até 40% da manutenção, enquanto os municípios consorciados irão ratear o restante. O investimento estimado em cada policlínica será de R$ 12 milhões (construção e equipamentos), enquanto a manutenção gira em torno de R$ 700 mil por mês. Além da maior eficiência no atendimento e qualidade dos serviços de saúde, o rateio dos 60% restantes entre os municípios de cada consórcio na manutenção das unidades vai garantir redução nos custos com o atendimento médico à população. Participaram da primeira reunião para criação do Consórcio de Saúde do Médio Rio de Contas e Vale do Jiquiriçá, gestores públicos de Jequié – Tânia Brito, Lafaiete Coutinho – Zé Cocá, Itagi – Railton Oliveira, Jaguaquara – Giuliano Martinelli, Maracás – Paulo dos Anjos, Planaltino – Carlinhos de Meirelo, Santa Inês – Zé Afrânio, Mutuípe – Carlos Nascimento, Nova Itarana – Eduardo Alves, Ipiaú – Deraldino Araújo, Gongogi – Sapão, Aiquara – Tico, Itagibá – Marquinhos, Dário Meira – João Caetano, além de secretários municipais de saúde dos municípios citados e de outras cidades que compõem os dois territórios, como Itaquara, Lajedo do Tabocal, Barra do Rocha, Ibirataia e Manoel Vitorino. Os prefeitos que integram os consórcios terão encontro com o secretário da Saúde do Estado, Fábio Vilas-Boas, no próximo dia (9/4), para apresentarem a proposta de formação do interfederativo da saúde.