Prefeitos, vereadores e secretários das regiões do Médio Rio de Contas e do Vale do Jiquiriçá se reuniram na tarde desta quarta-feira (15/4) no auditório da Associação Comercial e Industrial de Jequié – ACIJ, para debaterem, mais uma vez, a criação do Consórcio de Saúde e dar celeridade à aprovação do projeto no legislativo dos municípios que compõem o consórcio. A proposta visa a regionalizar o oferecimento de serviços de saúde na região a partir do reequilíbrio financeiro dos municípios e com a ampliação e descentralização desses serviços. Participaram dessa terceira reunião para criação do Consórcio de Saúde representantes das cidades de Jequié, Itagi, Lajedo do Tabocal, Barra do Rocha, Itaquara, Maracás, Iramaia, Ipiaú, Itagibá, Irajuba, Lafaiete Coutinho, Caetité, Manoel Vitorino, Itiruçu, Itagi, Jitaúna, Planaltino, Jaguaquara, Itamari, Santa Inês, Brejões, Ubatã e Ibirataia. O Consórcio de Saúde passaria a oferecer vantagens como a redução de custos operacionais com transporte de pacientes, captação de mais recursos públicos, aprimoramento da escala de trabalho dos profissionais ao possibilitar o compartilhamento de médicos e especialistas, flexibilizando os regimes de contratação. O consórcio será responsável pela gestão regionalizada de serviços, como unidades de pronto atendimento, laboratórios regionais e, eventualmente, o SAMU 192 e hospitais municipais e filantrópicos. A meta é construir 28 policlínicas com 32 especialidades e adquirir equipamentos como tomógrafos, ressonância magnética, para rastreamento de câncer de mama, e vários outros.
A criação do consórcio evitaria o deslocamento de pacientes que necessitam viajar até 800 quilômetros para chegar à capital do estado para fazer seus exames. A expectativa do governo do estado é iniciar as obras de dez policlínicas nos polos regionais ainda este ano. A proposta é que o estado seja o responsável pela construção e aquisição dos equipamentos das unidades, além de financiar até 40% da manutenção. Os municípios custeariam o restante. O investimento estimado em cada policlínica é de R$ 12 milhões (para construção e aquisição de equipamentos). Para a manutenção, o custo deve girar em torno de R$ 700 mil por mês. Além da maior eficiência no atendimento e qualidade dos serviços de saúde, o rateio dos 60% restantes entre os municípios de cada consórcio na manutenção das unidades visa a garantir redução nos custos com o atendimento médico à população. Para o presidente do Consórcio Médio Rio das Contas, Railton Ramos, esta é uma oportunidade de melhorar a qualidade da saúde da região. ”Esperamos contar com o apoio do poder legislativo na aprovação do projeto”, confia. A prefeita Tânia Britto defendeu o município de Jequié como referência para o consórcio em decorrência da estrutura já existente e de sua localização geográfica. ”Não vamos medir esforços para que sejamos a referência em saúde da região. Já disponibilizamos o terreno para a construção da Policlínica”, acrescenta.