O prefeito de Jaguaquara, Giuliano Martinelli (PP), não crer que o que foi veiculado na imprensa local, sobre as quentes declarações do ex-prefeito Ademir Moreira (PMDB), quando disse que teria sido apunhalado pelas costas, resulte em ruptura política. Em entrevista a Rádio Povo AM, Martinelli foi indagado, pelo repórter José Carlos, sobre as declarações polêmicas de Ademir, tendo afirmado que ”política é arte de somar” e que tem o ex-gestor como amigo, independente de questão político-eleitoral. Disse ainda que não quer Ademir marchando contra seu projeto e acredita que o ex-prefeito foi tomado pela emoção. ”Ademir estava ali muito magoado, no calor da emoção, porque a entrevista de Ademir foi logo após ele ter se manifestado na tribuna da Câmara. Eu acredito que Ademir tomou aquela atitude no calor da emoção. O que eu fiz, e o que eu faço para dar continuidade aquilo que Ademir introduziu no município, de forma alguma eu poderia estar falando de Ademir. Tudo aquilo que ficou de competência da Prefeitura, eu assumir: dívidas, as obras estão aí caminhando agora, infelizmente, grande parte do grupo de oposição ver com bons olhos um racha entre o prefeito Giuliano e o ex-prefeito Ademir Moreira. Ele já comentou em alguns lugares que tinha dez mil pessoas querendo ser candidato a prefeito e ele me escolheu. Então, seria injusto, da minha parte, hoje criticá-lo, apedrejá-lo”. Giuliano discorda do termo ”apunhalado pelas costas”, usado pelo ex-prefeito, quando discursou na tribuna da Câmara Municipal, na última sexta-feira (23/10), quando Ademir usou o espaço para rebater o vereador Edenilso Brustolin – Caneço do PSL, aliado de Martinelli, que acusou Moreira de ser ”um dos maiores ladrões da história desse município”. O prefeito afirmou que não influenciou os vereadores da sua base a votar pela rejeição das contas de Ademir. ”Ele disse que se sentiu apunhalado pelas costas, e eu gostaria de esclarecer isso. Se o voto fosse do prefeito Giuliano Martinelli, estaria sim sendo apunhalado pelas costas, mas, infelizmente, os votos contrários as contas dele foram de vereadores que entendiam que, com o parece do TCM, deveriam ser reprovadas”. Giuliano aproveitou o ensejo para alfinetar o vereador e oposicionista na Câmara, Nildo Pirôpo (PT), que recebeu um banho de elogios do ex-prefeito na última sessão. ”Nildo comentou na tribuna que foi influencia política do prefeito. Como é que é influencia política? Eu não vou tirar dinheiro público para investir seja lá no que for. Dinheiro público tem que ser investido para o povo e não para interesses pessoais”. Por fim, Martinelli ressaltou que, o racha acontecendo entre ele e Ademir, quem perde é Jaguaquara e admitiu que o seu grupo é o mesmo grupo de Ademir, que vem de três eleições vitoriosas no município