O prefeito Orlando Santiago (PSD), de Santo Estêvão, um dos políticos mais tradicionais da história do município, exercendo o cargo pela terceira vez, causou polêmica nas ruas da cidade, e nas redes sociais, após declarar que defende a prática do nepotismo ao conceder entrevista ao site Paraguassu Notícias no último dia (3), chegando a afirmar que não vê algo errado nesta prática, e nomeou parentes para cargos públicos para ”complementar a renda familiar”. Nesta semana, procurado pelo site local, para esclarecer o caso, após repercussão negativa, o prefeito disse afirmaria tudo novamente. O gestor também chegou a afirmar que, em relação ao nepotismo, a Lei brasileira o ampara, já que existe uma súmula que permite a contratação de parentes para determinada funções no governo. ”Não é bem isso, a questão principal da nomeação não foi para fabricar renda, mas evidentemente que ao exercer a função ela constitui renda familiar”, defendeu-se. De acordo com ele, sua filha Carolina Santiago foi nomeada porque ninguém quis assumir a saúde do município. ”Disse para ela que era um desafio e pedir para que exercitasse o que estava lhe sendo proposto”. ”Neste mesmo momento eu disse que não roubo, seria melhor um prefeito desonesto e não pedir que ela aceitasse o desafio do trabalho, o desafio de servir a sua terra, e que a deixasse na mordomia, bancada pelo conforto que um prefeito desonesto pode criar e fazer”, questionou. O prefeito acredita a filha assumiu um desafio ao entrar na Secretaria de Saúde. ”Digo ainda mais, estou procurando até um substituto, pois ela não se curva a deixar, mas esse substituto não aparece. Desafio para que venha governar a Saúde, para passar o que alguém passa, pelo que a Educação também passa”, disparou o defensor do nepotismo. Há quem diga que, como Orlando Santiago, existem muitos gestores, administrando em família.