Numa noite movimentada, a Prefeitura de Santa Inês inaugurou, nesta quarta-feira (29) o primeiro Núcleo Histórico Ferroviário da Bahia, que se torna o segundo do Nordeste. O equipamento foi instalado através da Secretaria Municipal de Turismo, Esporte e Cultura, como forma de fomentar à cultura, por meio de convênio de cooperação técnica firmado entre Prefeitura e Universidade Federal do Recôncavo, que foi representada no evento por docentes da instituição federal de ensino. Também participaram da inauguração representantes do Governo do Estado e da Companhia do Transporte da Bahia – CTB, representada pela presidente Ana Cláudia Nascimento, parceiros que eforam essenciais para a cessão e reforma do vagão de 18m, que agora conta a trajetória de Santa Inês, além de secretários municipais, vereadores e integrantes da sociedade civil organizada, que prestigiaram o momento.
Segundo a gestão municipal, essa é mais uma iniciativa inovadora, que visa trazer à tona aspectos significativos da história férrea das regiões do Recôncavo, do Vale do Jiquiriçá e do Sudoeste baiano, em especial de Santa Inês, desde a fundação da estrada de ferro Nazaré, em 1869, que cortava o município. A concessão para a construção dessa ferrovia marcou o início de uma era de progresso econômico para a região, tornando-se um símbolo de desenvolvimento.
A expografia conta com suportes tecnológicos que aproximarão o público das histórias apresentadas nos espaços, incluindo um vagão cinematográfico. Ao justificar a ideia, o prefeito Professor Emerson Eloi(PT), que também autorizou mais 10 obras e entregou pavimentações, requalificação de escola, contenção de encosta e reforma do CRAS disse que um dos objetivos de instalar o museu, além de incentivar o turismo no município, cuja história se confunde com a da extinta ferrovia é o de educar, estimulando a reflexão sobre a preservação da cultura local e regional.
‘’O objetivo principal é educacional. A linha férrea Jequié a Nazaré, historicamente se confunde com a fundação e emancipação política do município e, tudo isso, desde quando a ferrovia parou de funcionar, foi perdido aqui em Santa Inês e nós tínhamos a nossa população que reconhecia a história e é muito grave, sobretudo porque, se a gente desconhece a história, a gente abre espaço para serem construídas narrativas falsas e mudar a cabeça das pessoas e ninguém merece ser enganado. Nosso objetivo é educacional e isso aqui é mais uma sala de aula, um laboratório, nós queremos que os alunos estudem isso aqui’’, ressaltou o professor.
*Blog do Marcos Frahm