Uma postagem feita no Facebook pelo senador afastado Aécio Neves (PSDB-MG) foi utilizada pelo procurador-geral da República, Rodrigo Janot, para reforçar junto ao relator da Operação Lava Jato no Supremo Tribunal Federal (STF), ministro Edson Fachin, o pedido de prisão do tucano. No documento, que se tornou público na quarta-feira (14), Janot anexou uma foto publicada por Aécio em 30 de maio na rede social, na qual aparece com os também senadores do PSDB Tasso Jereissati (CE), Antonio Anastasia (MG), José Serra (SP) e Cássio Cunha Lima (PB). Para o procurador-geral, o registro mostra que o tucano continuou exercendo as funções públicas mesmo após o afastamento. Na foto citada por Janot, Aécio postou como legenda a seguinte frase: ”Reuni-me na noite desta terça-feira, 30/05, com os senadores Tasso Jereissati, Antonio Anastasia, Cássio Cunha Lima e José Serra. Na pauta, votações no Congresso e a agenda política.”. Para Janot, a foto mostra ”o uso espúrio do poder político” por parte de Aécio Neves, o que é um dos motivos para a prisão dele para preservar as investigações. Nesta quarta, o presidente do Senado, Eunício Oliveira (PMDB-CE), informou, por meio de nota de esclarecimento, que, apesar do afastamento, Aécio continuará recebendo salário, mas com descontos dos valores referentes às ausências do parlamentar às sessões deliberativas. Em nota, a assessoria do senador disse que ele tem cumprido ”integralmente a decisão do ministro Edson Fachin e se mantém afastado das atividades parlamentares. Entre as cautelares determinadas não consta o impedimento de receber visitas e discutir como cidadão, e não como parlamentar, assuntos diversos.”