A visita do ministro Rui Costa a Jequié, nesta sexta-feira (11/04), para acompanhar o governador Jerônimo Rodrigues (PT) em atos de inauguração de obras e de anúncio de novos investimentos para a Cidade Sol não chegou a ser anunciada oficialmente pelo cerimonial do Governo, mas vazou nos meios políticos o informe de que o chefe da Casa Civil do Governo Federal estaria integrando a comitiva. Entretanto, o ministro não virá e a confirmação vem de uma figura bem próxima do ex-governador da Bahia, o deputado estadual Patrick Lopes (Avante), que esteve em Jequié nesta quinta-feira, primeiro dia da agenda de Jerônimo e veleou o cancelamento da visita, negando que seja por indiferença com o prefeito Zé Cocá (PP), de quem Rui já foi muito mais aliado do que o próprio deputado e se distanciou desde a ruptura de Zé com o Governo nas eleições de 2022.
”Não virá. Ele gosta muito de Jequié, tem um carinho muito grande, mas está lá com o presidente Lula, ele tem patrão, né? O patrão dele é o presidente Lula. Então, a agenda dele cai a qualquer momento que o presidente liga e ele tem que cumprir o trabalho dele lá no ministério”, justificou Patrick, que ainda cravou uma vitória de Rui nas próximas eleições como candidato a senador da chapa governista: ”Ele sabe que o melhor é cuidar do povo, das pessoas, sabe que a forma certa de chegar é através do prefeito e dos vereadores. Eu acho que não tem problema, a preocupação dele também é cuidar do povo de Jequié, que ele tem um carinho, a esposa dele é daqui e ele será o senador mais votado da Bahia”, justificou o deputado, que apesar da aparente sensação de mal-estar criada entre os deputados mais próximos do Governo, ele [Patrick] Euclides Fernandes (PT) e Antônio Britto (PSD) diante da reaproximação de Cocá com o Estado diz aprovar uma possível aliança, mas acredita que a relação entre o governador e o prefeito estaria apenas no âmbito administrativo.
”Eu acho que o governador está fazendo o que tem que ser feito. Se ele tivesse qualquer problema com o prefeito de Jequié, quem iria sofrer era o povo. Ele quer uma relação administrativa, política vai construir”.
*por Marcos Frahm / BMF
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