A ação popular ajuizada por um advogado, Abdjalile Pereira Belchot Filho, na 2ª Vara dos Feitos de Relações de Consumo, Cíveis e Comerciais de Jequié, com o objetivo de cancelar a realização do São João da cidade por parte da gestão pública municipal, embora tenha sido arquivada pela Procuradoria Regional de Justiça, representação do Ministério Público Estadual, ainda rende comentários nos meios políticos e nas redes sociais em Jequié.
O processo, que teve como justificativa os gastos com a realização do evento, ultrapassando os R$ 4 milhões, conforme a ação, se tornou motivo de discussões e as opiniões divergem. Contudo, na Internet, a maioria dos munícipes se posiciona favorável a realização da festa, que estava suspensa pelo período de dois anos em razão da pandemia da Covid-19. O prefeito Zé Cocá (PP), que também seria alvo da ação, reagiu ao processo e afirmou, categoricamente, que a denúncia que emerge em período de pré-campanha eleitoral tem um claro viés político.
Cocá justificou os gastos com a contratação de bandas e disse que o investimento de cerca de R$ 3 milhões irá gerar um retorno positivo na economia do Município: ”Tinha que mostrar a cara e não e esconder atrás do anonimato, dizer o porque que está fazendo isso, questionando detalhes que nós estamos provando. Tudo que foi feito em relação ao São João de Jequié foi feito com muito critério para que a gente organizasse como vai ser pago, abaixo do preço de mercado e graças a Deus isso está acontecendo. A gente toma um susto com a questão das bandas, mas todas estão abaixo do custo e nós teremos investimento de cerca de R$ 3 milhões e, isso, para uma cidade do porte de Jequié, terá um retorno de mais de R$ 40 milhões, gerando emprego e renda e parte desses recursos voltará aos cofres públicos em forma de impostos na prestação dos serviços”, justiça o chefe do Executivo, tendo afirmado que o objetivo é resgatar o São João.
Cocá ainda aproveitou para alfinetar o Governo do Estado a citar, durante entrevista a Rádio 89 FM, que a BahiaTura não disponibilizou sequer uma atração para Jequié e que o órgão estaria priorizando as prefeituras representadas por prefeitos ligados ao grupo político governista e excluindo os municípios geridos por prefeitos de oposição. ”Isso é um verdadeiro absurdo e os órgãos de controle tem que avaliar isso. Não tem um município em que o prefeito declarou apoio a candidatura do PT que não recebeu bandas da BahiaTursa”, disparou.