Morre ex-presidente do Peru, Alberto Fujimori aos 86 anos; governou o país em uma das gestões mais polêmicas

Morreu, nesta quarta-feira (11), o ex-presidente do Peru, Alberto Fujimori, aos 86 anos. Fujimori governou o país em uma das gestões mais polêmicas da América Latina e teve a morte confirmada pela sua filha, Keiko Fujimori. O estadista tratava um câncer na língua.

”Após uma longa batalha contra o câncer, nosso pai, Alberto Fujimori, acaba de partir para o encontro com o Senhor. Pedimos àqueles que o estimaram que nos acompanhem com uma oração pelo descanso eterno de sua alma. Obrigado por tudo, papai”, disse o comunicado divulgado pelos quatro filhos do ex-presidente.

Alberto Fujimori governou o Peru entre 1990 e 2000. Após ser elogiado pela política econômica e de combate a organizações criminosas, denúncias apontaram que Fujimori ordenava massacres como parte de sua política de segurança pública, além de violações graves de direitos humanos, seguidas de suspeita de corrupção.

Em 1992, Fujimori aplicou um autogolpe e fechou o Congresso, formando uma ditadura repleta de denúncias de violações dos direitos humanos, abuso de poder, corrupção e até de que ele teria mentido à população sobre sua nacionalidade. Ele foi acusado de ter nascido no Japão e adulterado sua certidão de nascimento para poder concorrer à presidência no Peru.

Ele fugiu para o Japão, onde seus pais nasceram, e enviou um fax com um pedido de renúncia. Após se manter em autoexílio por sete anos, Fujimori foi preso durante uma visita ao Chile. Extraditado ao Peru, ele foi foi condenado em 2009 pela morte de 25 civis durante dois massacres executados pelo Exército peruano.

Alberto chegou a ser preso, mas, em dezembro de 2023, teve a condenação revogada. Com relação ao câncer, Fujimori estava recebendo tratamento na casa da filha, Kiko, em Lima, onde foi morar após ter saído da cadeia, em dezembro de 2023. Diversos familiares do ex-presidente visitaram o local nesta quarta. Com informações do site Bahia Notícias

Escola de tempo integral e sistemas de abastecimento de água são entregues por Jerônimo em sua terra natal, Aiquara

Governador visita Aiquara. Foto: Matheus Landim/ GOVBA

O governador Jerônimo Rodrigues entregou importantes obras para os moradores de Aiquara, na região do Médio Rio de Contas, nesta quarta-feira (11). Teve a modernização do Colégio Estadual de Tempo Integral e novos Sistemas de Abastecimento de Água (SAA), no distrito de Palmeirinha. Ele também assinou ordens de serviço para construção de imóveis rurais, pavimentação da BA-647, na área urbana, e ampliação do SAA, com nova estação de tratamento no município.

”Entrego, com muita alegria, uma escola de tempo integral, dou ordem de serviço para a pista no sentido Itagibá, uma passagem urbana, e ainda assino a ordem de serviço para a ampliação do sistema de água de Aiquara. Tem ordem de serviço para 11 habitações, casas de taipas que existem na região de Aiquara”, explicou o chefe do Executivo. Prefeitos e deputados, entre eles Euclides Fernandes e Patrick Lopes estiveram presentes no ato.

Deputada estadual sugere criação da década das “Populações Negra e Indígena da Bahia” a partir de 2025; entenda

A deputada estadual Olívia Santana (PCdoB) protocolou o Projeto de Lei de nº 25.507/2024, que prevê a criação da década das ”Populações Negra e Indígena da Bahia” a partir do dia 1º de janeiro de 2025 até 1º de janeiro. A ação foi publicada no Diário Oficial da Assembleia Legislativa (AL-BA) desta quarta-feira (11).

No PL, o PL, a gestão do governo do estado ficaria responsável por uma maior implementação de políticas de combate ao racismo, discriminação racial, xenofobia pelo período de 10 anos. A deputada afirma que a lei “tem por objetivo reforçar a cooperação do poder público e estimular, também, iniciativas de empresas e da sociedade civil a fim promover o pleno aproveitamento dos direitos econômicos, sociais, culturais, civis e políticos de pessoas negras e indígenas do estado da Bahia.”

Na justificativa, Olívia Santana citou uma determinação da Organização das Nações Unidas (ONU) que proclamou o período entre 2015 e 2024 como a década ”Internacional dos Povos Afrodescendentes”. Segundo ela, a ação visou assegurar o cumprimento do Programa de Ação de Durban, bem como a Convenção Internacional sobre a Eliminação de Todas as Formas de discriminação Racial. O Brasil assinou os dois documentos internacionais.

”A assembleia instituiu o Fórum Permanente sobre os Afrodescendentes, que em sua última sessão realizada em Genebra, Suíça, ocorrida do dia 16 a 19 de abril do ano corrente, recomendou a renovação, por mais dez anos, da Década dos Povos Afrodescendentes. Não obstante o reconhecimento da existência de iniciativas de alguns país membros, a renovação é motivada pelo entendimento consensual de que os avanços, até o momento, são tímidos, insuficientes, pontuais, o que revela um fracasso das instituições na promoção da igualdade racial e combate ao racismo”, justificou Olívia.

Sobre o cenário local, a deputada citou que as populações quilombolas e indígenas da Bahia, normalmente, são as mais representadas nos piores índices socioeconômicos do estado, sendo necessário a instauração de mais políticas públicas. Olívia também relembrou que o Estatuto da Igualdade Racial e Combate à Intolerância Religiosa aprovado pela AL-BA completa 10 anos em 2024.

”Indígenas, quilombolas e população negra em geral são os segmentos super-representados nos piores indicadores socioeconômicos, incluindo insegurança alimentar e nutricional, desemprego, educação, saúde, segurança pública, violação  de  direitos e baixa representatividade política.Pelas razões acima, verifica-se a necessidade e pertinência  desta proposição legislativa”, disse Olívia.

”É oportuno destacar que esta Casa Legislativa aprovou o Estatuto  da  Igualdade  Racial e Combate à Intolerância Religiosa, que este ano completa 10 anos de vigência e que os nobres legisladores estão impelidos a procederem a análise de revisão, ajuste e renovação  da medida infraconstitucional com fito de promover a igualdade racial e combater e eliminar a discriminação racial’, completou. Com informações do site Bahia Notícias

Planaltino: Justiça Eleitoral declara inelegível o ex-prefeito por crime eleitoral em 2016; Zeca diz que vai recorrer

Zeca sofre revés após sua vice ter sido impugnada. Foto: Rede social

Uma decisão da Justiça Eleitoral através da 37ª Zona Eleitoral de Maracás, no Vale do Jiquiriçá, condenou o ex-prefeito e candidato ao Executivo nas eleições municipais 2024 em Planaltino, Joseval Alves, o Zeca Braga, do PSD, sob acusação da prática de captação ilícita de sufrágio- compra de votos durante as eleições 2016, quando o então candidato Zeca venceu o atual prefeito Ronaldo Lisboa, hoje fiado ao PT e na ocasião integrante do PDT por uma diferença de 78 votos, 50.72% dos votos válidos, o que representou 2,742 votos, contra 49.28%, ou seja, 2,664 votos obtidos por Romi, que em 2020 voltou à cena política e derrotou Braga com 178 votos de frente. A decisão que declara a inelegibilidade de Zeca foi tomada pelo juiz eleitoral Leonardo Brito Pirajá de Oliveira, com base numa ação de investigação judicial eleitoral movida por advogadas da coligação partidária que disputou o pleito em questão, Hyone Ribeiro e Sayonara Novaes.

No processo que investiga o crime eleitoral, foram juntadas conversas via aplicativo WhatsApp, contendo vozes, inclusive do político investigado e outros envolvidos. ”Ante o exposto, JULGO PARCIALMENTE PROCEDENTE a presente Ação de Investigação Judicial Eleitoral para CONDENAR Alessandra Souza Morais, Edivaldo Gonçalves Costa e Joseval Alves Braga pela prática de captação ilícita de sufrágio, nos termos do art. 41-A da Lei no 9.504/1997, e, por consequência: a) Declarar a inelegibilidade dos representados acima nominados pelo prazo de 8 (oito) anos, nos termos do c/c art. 1o, I, “j”, c/c art. 22, XIV, ambos da Lei Complementar no 64/1990; b) Aplicar a cada um deles a multa individual no valor R$ 20.000,00 (vinte mil reais), com fundamento no art. 14 da Resolução 23.735/2024, considerando a gravidade qualitativa da conduta, não havendo elementos nos autos que possibilitem aferir a sua gravidade quantitativa; Por sua vez, JULGO IMPROCEDENTE a ação em relação a Roberval Andrade Carvalho, por insuficiência de provas quanto à sua participação nos atos ilícitos”, diz um trecho da decisão.

Por fim, o juiz acatou a representação e Zeca sofreu um novo revés judicial, um dia após a Justiça decidir pelo indeferimento, ou impugnação da candidatura a vice da sua chapa nas eleições 2024, a médica Lícia Macieira Freire de Andrade, filiada ao Solidariedade, por também estar inelegível por ter sido condenada, decisão já transitada em julgado desde 2021, por ato de improbidade administrativa, nos autos do processo N. 0002228-98.2010.4.01.3308, que tramitou na Justiça Federal.

Contudo, o ex-prefeito Zeca, questionado pelo Blog do Marcos Frahm, nesta quarta-feira (11), por telefone, disse que estará recorrendo da decisão que lhe declara inelegível e que o processo de 2016 não lhe inviabiliza para a disputa atual. ‘’Há um problema com a candidatura de Lícia, estamos resolvendo, a gente está tomando uma decisão sobreo registro de candidatura, se a gente substitui ou não, porque há um prazo para a coligação recorrer. Sobre o processo de 2016 a gente se colocou como inocente, o fato não tem nada a ver com o processo eleitoral atual, meu nome não está inapto. A gente cumpre que com os requisitos’’, justificou o candidato.

Brasil ultrapassa marca de mil casos de mpox em 2024; Bahia é o 3º estado com mais notificações da doença

O Brasil atingiu a marca de mais de mil casos confirmados ou prováveis de mpox (varíola dos macacos) em 2024. Segundo dados divulgados pelo o Ministério da Saúde, o país possui cerca de 1.015 registros da doença. O número ultrapassa os 853 totalizados ao longo de 2023. De acordo com a pasta, há ainda 426 casos suspeitos da enfermidade.

Os estados com maiores quantitativos de casos são São Paulo com 533 situações (52,5%), Rio de Janeiro com 224 infecções (22,1%) e Bahia com 40 diagnósticos da nova variante e uma porcentagem de 3,9%. Já na lista de cidades, a capital paulista e carioca lideram o ranking com 370 notificações (36,5) e 167 (16,5%) respectivamente, seguida por Belo Horizonte (43 ou 4.2%).

Na 4ª posição aparece Salvador com 28 apontamentos e uma taxa de 2,8% e em 5ª Brasília (23 ou 2,3%). Na lista dos 426 casos suspeitos do país, o estado de São Paulo representa por 39,7%, com 169 casos. Amapá e Piauí seguem sem registros da enfermidade até o momento.

Agência Nacional de Telecomunicações ampliará uso do 0303 para reduzir telefonemas indesejáveis

Para reduzir o grande volume de chamadas de telemarketing indesejadas, a Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) informou que vai ampliar o uso do prefixo 0303 – antes específico para televendas – para todas as empresas que realizam um grande volume de chamadas telefônicas.

As novas regras começam a valer a partir de 5 de janeiro de 2025. Depois dessa data, as empresas ou organizações que realizam mais de 10 mil chamadas diárias – independentemente do motivo – deverão adotar o prefixo.

Segundo a Anatel, a medida tem por meta equilibrar as regras aplicadas entre diferentes setores, facilitando a fiscalização da agência e melhorando a experiência do consumidor. As empresas que não se adequarem às novas regras terão suas chamadas bloqueadas.

Caberá às prestadoras de telecomunicações monitorar e identificar os responsáveis por um volume intenso de chamadas. A verificação de quais entidades se enquadram nessa exigência será feita mensalmente e caberá à Anatel a supervisão do procedimento.

Um estudo realizado pela agência identificou que o volume intenso de chamadas é gerado por poucas empresas, “que usam as redes de telecomunicações de maneira desordenada e se aproveitam do anonimato para insistir com chamadas indesejadas para os consumidores.”

“Como nem todas as chamadas telefônicas feitas pelas empresas são destinadas ao consumidor, a Anatel permitirá que até 10% das chamadas realizadas por empresas que adotarem 0303 sejam efetivadas por numeração convencional. Isso se aplica às chamadas não direcionadas ao consumidor, como chamadas entre filiais ou com fornecedores, nas quais o uso da numeração 0303 não é considerado o mais adequado.”, informou a agência.

Origem verificada

Para as empresas que não quiserem aderir ao 0303, a Anatel oferece a possibilidade de utilização da chamada de origem verificada. Por meio deste tipo de chamada é possível ao consumidor saber pela tela do seu telefone, além do número, os dados de identificação da empresa que fez a chamada.

”Essa nova funcionalidade já está em testes com adesão progressiva de empresas e fabricantes de terminais celulares. Com a Origem Verificada, o consumidor fica  bem informado sobre a qualificação e o responsável pela chamada para decidir sobre o atendimento”, disse a Anatel.

Desde junho de 2022, a agência vem adotando medidas cautelares para diminuir o número desse tipo de ligações. Dentre elas, figuram o bloqueio de usuários e a autorização às operadoras de telecomunicação para que efetuem a cobrança de chamadas curtas de até três segundos efetuadas por essas empresas, o que não era permitido. As medidas geraram uma redução no imenso volume de chamadas indesejadas.

Além disso, a Anatel disponibilizou um portal na internet, batizado de Qual Empresa me Ligou, onde é possível consultar – por meio do número originador da chamada recebida – qual é a empresa que está ligando para seu telefone fixo ou móvel.

Operação ”Formação Legal III” da Polícia Federal realiza vistoria em 13 escolas de vigilante na Bahia

A operação ”Formação Legal III”, deflagrada pela Polícia Federal nesta quarta-feira (11), promoveu uma fiscalização em 256 escolas de formação de vigilantes em todo o país. Na Bahia, a operação federal mobilizou 17 policiais para vistoriar 13 escolas em todo o estado.

Foram visitadas escolas em Salvador, Vitória da Conquista, Ilhéus, Feira de Santana, Lauro de Freitas e Barreiras. A Polícia Federal informou que foram ”verificadas as regularidades dos cursos, especialmente no que diz respeito ao cumprimento da grade curricular e da carga horária; ao controle de frequência dos alunos; à observância da quantidade máxima de alunos permitida em sala de aula; à regularidade dos instrutores e das aplicações de provas; à quantidade mínima de tiros prevista para cada curso, entre outras obrigações legais”, aponta o comunicado divulgado nesta quarta.

O órgão afirma ainda que as empresas irregulares serão autuadas, podendo ”sofrer penalidade de advertência, multa e até cancelamento da autorização de funcionamento”. A PF não informou se algum estabelecimento foi autuado na Bahia. As informações são do site Bahia Notícias

Educação: Professores de universidades estaduais baianas paralisam atividades nesta quarta

Docentes de universidades estaduais da Bahia paralisam suas atividades em todo o estado com um ato unificado em Salvador nesta quarta-feira (11). Continua prevista no calendário de mobilização do movimento a realização de assembleias para a próxima segunda-feira (16), para a discussão sobre início de greve.

A manifestação desta quarta-feira acontece no Campus I da Uneb, no Cabula, na capital baiana, e iniciou às 6h30. A paralisação faz parte do movimento da categoria que busca um plano de recomposição salarial.

A paralisação de 24h acontece ainda na Universidade Estadual de Feira de Santana (Uefs), Universidade Estadual de Santa Cruz (Uesc) e Universidade Estadual do Sudoeste da Bahia (Uesb).

Uma nova negociação sobre o reajuste ocorre ainda nesta quarta-feira a partir das 15h entre o Fórum das Associações Docentes (Fad) com a Secretaria de Educação (Sec).

Três pessoas morrem em acidente com van da Saúde de Mutuípe que transportava pacientes na BR-324

Van ficou destruída após acidente. Foto: Reprodução / TV Bahia

Três pessoas morreram após um acidente envolvendo uma van que transportava pacientes e uma carreta na manhã desta quarta-feira (11), na BR-324, no trecho do município de Candeias, na Região Metropolitana de Salvador.

A batida ocorreu no sentido Salvador e a rodovia já registra mais de 7 km de congestionamento, com tempo de deslocamento de quase 1h apenas para o trecho.

Segundo informações preliminares, 15 pessoas estavam no veículo. A van transportava pacientes de Mutuípe, no Vale de Jiquiriçá, que fazem tratamento de saúde em Salvador.

O veículo deixou Mutuípe por volta das 1h40 e o acidente ocorreu próximo ao pedágio de Simões Filho, às 4h30. Segundo a Polícia Rodoviária Federal (PRF), os demais ocupantes da van não tiveram ferimentos graves. Com informações do site Bahia Notícias

Antonio Brito recebeu apoios na Câmara, mas também ouviu cobranças para criação de CPI do abuso de autoridade

Em uma sessão realizada nesta terça-feira (10) com baixo quorum de deputados presentes (pouco mais de 50 parlamentares passaram pelo Plenário), a Câmara pouco conseguiu avançar nesta semana de esforço concentrado na votação de projetos da chamada pauta econômica, que envolve a desoneração da folha de pagamento, a renegociação da dívida dos estados e a regulamentação da reforma tributária. O próprio presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), mais uma vez não esteve presente comandando a sessão, ausência que já vem se repetindo desde a última semana do mês passado.

Em uma sessão com baixo quorum, mas com intensa disputa entre governo e oposição para votação de alguns dos projetos que entraram na pauta de ontem, a presença no plenário do deputado Antonio Brito, líder do PSD, rendeu momentos de descontração em meio à tensão das discussões. Quando o deputado baiano entrou no plenário, no horário da ordem do dia, foi saudado por governistas e oposicionistas, e gerou comentários de quem estava na tribuna.

Foi o caso do deputado Otoni de Paula, do MDB do Rio de Janeiro. O deputado disse que tinha “simpatia” pela candidatura de Antonio Brito a presidente da Câmara, mas fez uma cobrança e afirmou que só votaria nele se apoiasse a criação da CPI do Abuso de Autoridade, para investigar ministros do Supremo Tribunal Federal.

”Deputado Brito, você já tem a minha simpatia como meu futuro presidente. Eu só queria só lhe pedir algo aqui. Se você me garantir que vai ser macho para instalar a CPI de abuso de autoridade e garantir também que colocará a anistia para ser votada nesta Casa, conte com o meu voto público neste momento declarado. O que nós estamos precisando aqui é de uma Presidência de macho”, afirmou Otoni de Paula.

A fala foi bastante aplaudida pelos deputados de oposição presentes naquele momento no plenário, e que tentavam obstruir as votações em represália ao adiamento, na CCJ, da análise do projeto que anistia presos pelo vandalismo no 8 de janeiro de 2023. Por outro lado, deputados de partidos de esquerda rebateram a ideia de chancela à candidatura do deputado baiano em troca da criação da CPI ou apoio às pautas dos oposicionistas.

Foi o caso do deputado baiano Jorge Solla, do PT. O deputado disse ter a certeza de que o líder do PSD, Antonio Brito, não irá barganhar apoios à sua candidatura em troca de anistiar quem invadiu e vandalizou as sedes dos três poderes em Brasília.

”Tenho certeza que Antonio Brito não vai compactuar com a anistia golpista. Tenho certeza de que ele não concorda em anistiar golpista. Ele não concorda porque defende o Estado de Direito, defende a democracia, diferentemente de vocês, que queriam explodir caminhão de combustível nas imediações do aeroporto, que atacaram o prédio do Supremo, que destruíram, vandalizaram o prédio do Congresso, que atacaram o Palácio do Planalto. Agora estão com medo das repercussões. Assumam o que vocês fizeram, paguem pelo que vocês fizeram. Felizmente, para o nosso País, a democracia prosperou”, afirmou o deputado Jorge Solla.

O deputado Antonio Brito passou a terça-feira em meio a diversas reuniões para angariar apoios à sua candidatura. O líder do PSDB inclusive tinha uma reunião marcada com o líder do União Brasil e também candidato a suceder Arthur Lira, o baiano Elmar Nascimento, e deputados das duas siglas, para firmar uma aliança com intenção de enfrentar a candidatura do paraibano Hugo Motta (Republicanos). A reunião, entretanto, teve que ser adiada por falta de quórum.

Ministro Flávio Dino determina ao governo Lula a convocação de bombeiros para o combate a queimadas

O ministro Flávio Dino, do STF (Supremo Tribunal Federal), determinou ao governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) a convocação imediata de mais bombeiros para a Força Nacional para auxiliar no combate aos incêndios que assolam o país.

O número de agentes deve ser definido pelo Ministério da Justiça. Esses brigadistas serão enviados das forças de estados que não enfrentam queimadas.

A decisão foi tomada após audiência de conciliação, feita nesta terça-feira (10) no Supremo, no âmbito de processo que discute as ações do Executivo contra as queimadas no pantanal e na amazônia. A ordem deve ser cumprida em até cinco dias.

”Doravante, fica fixada a obrigação da União de manter efetivo e integral combate às frentes de fogo, imediatamente após a sua identificação”, disse Dino.

Segundo Dino, ainda, a audiência desta terça tratou das medidas adotadas pelo governo federal. No dia 19 de setembro, há uma outra prevista para abordar as ações feitas pelos estados (os nove estados da amazônia legal e Mato Grosso do Sul, no que se refere ao pantanal).

De acordo com a determinação, a pasta comandada por Ricardo Lewandowski deve definir a quantidade de bombeiros e informar ao Supremo, levando em conta a informação dada na audiência pelo secretário Executivo do Ministério do Meio Ambiente, João Ribeiro Capobianco, no sentido de que nem todas as frentes de fogo estão sendo combatidas neste momento.

Capobianco disse, na audiência, que os incêndios no pantanal são originados em sua totalidade por ação humana. Segundo ele, é essencial discutir a responsabilização pelo uso do fogo para fins de produção agrária.

Flávio Dino afirmou que não se pode normalizar o absurdo e comparou a situação ambiental atual à pandemia da Covid-19. ”Temos de manter o estranhamento com o fato de que, neste instante, 60% do território nacional está, direta ou indiretamente, sentindo os efeitos de incêndios florestais e queimadas. Isto é um absurdo, é inaceitável. Temos que reconhecer que estamos vivenciando uma autêntica pandemia de incêndios florestais”, disse.

Ainda segundo o relator, assim como diante da pandemia do coronavírus ou diante da tragédia das enchentes no Rio Grande do Sul, os três Poderes devem se mobilizar neste momento.

”Idêntica mobilização deve ser feita, deve ser reforçada e ampliada, para que esta pandemia seja enfrentada, uma vez que estamos falando de danos à vida humana, à fauna e flora, muitas vezes irreparáveis, à saúde humana e danos econômicos ao país, desde a economia popular em face do aumento de preços, até o risco de haver retaliações ao nosso país”, afirmou.

Dino determinou às polícias Federal e civis, além da Força Nacional, a realização de mutirão para que sejam investigadas e combatidas as causas de incêndios por ação humana em 20 municípios listados na audiência pela AGU (Advocacia-Geral da União). Essas localidades respondem atualmente por cerca de 85% dos focos de incêndios de todo o país.

O Ministério Público e o Poder Judiciário, segundo a decisão do ministro, também devem participar do esforço. Estiveram no Supremo, para o encontro chamado pelo ministro, representantes da União, entidades da sociedade civil e os partidos autores das ações que estão em discussão no STF.

O secretário-executivo do Ministério da Justiça, Manoel Carlos de Almeida Neto, afirmou à reportagem que a pasta recebeu bem as determinações do ministro Dino, que tratam das queimadas no Brasil. Ele destacou que o ministério tem intensificado suas ações para combater e prevenir os incêndios.

”Estamos empregando o máximo de recursos possíveis. Em 2022, aproximadamente R$ 9,4 milhões foram destinados aos estados para custear as forças de segurança no combate aos incêndios. Em 2024, somente até agosto, esse valor já foi quadruplicado, totalizando R$ 38,6 milhões, fora gastos com a PF (Polícia Federal) e PRF (Polícia Rodoviária Federal). Esse aumento de 400% revela o compromisso do MJSP, no governo do presidente Lula, com o combate às queimadas”, declarou.

O secretário-executivo acrescentou que quem causar incêndio expondo a perigo a vida e a integridade de física das pessoas, em lavoura, pastagem, mata ou floresta, de forma intencional, estará sujeito a penas que podem chegar a oito anos de reclusão.

Ainda durante a reunião, Dino fez questão de se antecipar a possíveis críticas diante da extensão das medidas ordenadas e que a corte tem agido porque foi provocada para tal, pelas ações apresentadas pelos partidos.

”Estamos diante de um processo objetivo. No cumprimento do julgamento, a metodologia é de modo inevitável participativo”, disse. A lista de determinações de Dino tem nove itens. Além da convocação de brigadistas e da realização de mutirões, ele pede que o Ministério da Gestão e Inovação apresente, em um mês, um plano de aprimoramento e integração dos sistemas de gestão territorial.

O governo federal ainda precisará relatar o estágio de implementação do Sisfogo (Sistema Nacional de Informações sobre Fogo) ao Observatório do Meio Ambiente do CNJ (Conselho Nacional de Justiça), no prazo de 60 dias corridos; adotar Plano de Ação Emergencial de prevenção e enfrentamento a incêndios florestais, para 2025, com integração federativa, previsão de recursos materiais e humanos, campanhas publicitárias prévias, medidas disciplinadoras ou proibitivas quanto ao uso de fogo na agricultura, com apresentação em até 90 dias para elaboração e apresentação ao relator.

Há também a determinação da ampliação do efetivo da Polícia Rodoviária Federal na fiscalização na amazônia e no pantanal em cinco dias. Ele cita, ainda, os julgamentos das ações no que ficou conhecido como pacote ambiental. Desse, a última decisão foi dada por André Mendonça, em 3 de setembro, quando o ministro ampliou o prazo para a União apresentar um plano contra desmate na amazônia.

Em março, a corte deu 90 dias para a elaboração da proposta. O relator também determinou a criação de um site para a divulgação das medidas a serem tomadas.

Catador de recicláveis é morto a tiros em casa de 2 cômodos próximo ao aterro sanitário em Jequié

Equipe deixou a Delegacia para ir ao local no fim da tarde. Foto: Marcos Frahm

Um catador de recicláveis foi morto a tiros na tarde desta terça-feira (10), em Jequié.  De acordo com informações da Polícia Civil através do delegado territorial Vinícius Oliveira, que esteve no local acompanhado de agentes e de peritos do Departamento de Polícia Técnica, Judemário dos Santos Nascimento, de 55 anos, foi alvejado com pelo menos quatro disparos de arma de fogo na cabeça, cujo corpo foi encontrado em uma cama no interior de uma simples casa de dois cômodos, nas proximidades do Aterro Sanitário.

O corpo foi removido ao Instituto Médico Legal já no início da noite e passará por necropsia. O delegado disse ainda que a vítima não possuía envolvimento com crime e que à polícia definirá uma linha de investigação para o caso. A vítima vivia em situação de vulnerabilidade social no local do crime.

Governo Lula é condenado a pagar R$ 15 mil em indenização a Bolsonaro e Michelle por caso dos móveis desaparecidos

A 17ª Vara Federal da Justiça do Distrito Federal condenou, nesta segunda-feira (9), o governo Lula a indenizar em R$ 15 mil o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e a ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro (PL) por danos morais em relação às acusações de móveis desaparecidos e danificados no Palácio da Alvorada.

A defesa de Bolsonaro havia alegado que o ex-presidente e a esposa optaram por utilizar móveis pessoais no palácio durante o período do seu mandato presidencial, entre 2019 e 2022. Por conta disso, a mobília pertencente ao acervo federal foi movida para um depósito.

Na sentença, o juiz Diego Câmara afirmou que, diante da ”comprovação de que os itens em referência sempre estiveram sob guarda da União durante todo o período indicado”, as acusações contra o casal Bolsonaro configuram “dano à imagem e à reputação”.

O magistrado ainda mencionou que os comentários do atual presidente ultrapassaram os limites do ”direito de crítica”, por sugerirem que os adversários políticos se envolveram em ”desvio de móveis do palácio presidencial que, conforme apurado, sequer ocorreu”.

ENTENDA O CASO

Chamada popularmente de “guerra dos móveis”, as trocas de farpas entre casais começou nos primeiros dias do mandato de Lula como presidente pela terceira vez, em janeiro de 2023, quando o atual presidente reclamou por ter de começar o seu governo morando em um hotel, sem poder se mudar para a residência oficial do presidente por conta do estado de conservação desta.

Durante um café da manhã com jornalistas, o presidente ainda comentou que Bolsonaro e Michelle ”levaram tudo”. O presidente ainda comentou que isto não era direito do casal, pois os móveis do palácio eram patrimônio público.

Na mesma época, o ex-presidente Bolsonaro afirmou em suas redes sociais que todos os móveis estavam no palácio e que ”Lula incorreu em falsa comunicação de furto”.

A ausência dos móveis também havia sido um dos motivos alegados pelo novo governo para o gasto de R$ 196,7 mil em móveis de luxo, como revelado pela Folha de S.Paulo. A ex-primeira-dama, Michelle, também reagiu afirmando que todos os móveis que foram levados eram dela e não bens públicos.

Em março deste ano, a Folha de São Paulo revelou que a Presidência da República havia encontrado todos os 261 bens do patrimônio do Palácio da Alvorada, que estariam desaparecidos e foram motivo das trocas de farpas entre os casais Lula e Bolsonaro.

Município baiano está entre as 10 cidades do país que mais receberam proporcionalmente com emendas

A cidade de Itaguaçu da Bahia, localizada na região do Vale do São Francisco, está entre as dez cidades que, proporcionalmente, receberam mais recursos advindos de emendas parlamentares. O município de 12 mil habitantes recebeu mais de R$ 63 milhões do Congresso.

As informações advêm de um relatório elaborado pela Controladoria-Geral da União (CGU), a pedido do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Flávio Dino, e apresentado à Suprema Corte.

O relatório, que contém as dez cidades que mais receberam dinheiro de emendas em proporção ao número de habitantes, conta com cinco cidades do Amapá em sua lista, estado do líder do governo no Congresso, Randolfe Rodrigues (PT-AP) e de Davi Alcolumbre (União-AP), ex-presidente da Casa e cotado a suceder o atual presidente, Rodrigo Pacheco (PSD-MG).

De acordo com o relatório, as 10 cidades receberam um total de R$ 330 milhões em emendas parlamentares entre os anos de 2020 e 2023, contando, juntas, com apenas 61,4 mil habitantes. Com informações do site Bahia Notícias

Confira a lista completa:

  1. Tartarugalzinho-AP (12.945 habitantes/R$ 87.578.334,73)

  2. Pracuúba-AP (3.803 habitantes/R$ 24.072.724,36)

  3. Cutias-AP (4.461 habitantes/R$ 27.492.624,50)

  4. Gameleira de Goiás-GO (3.456 habitantes/R$ 20.881.630,00)

  5. Parari-PB (1.720 habitantes/R$ 10.212.976,37)

  6. Itaguaçu da Bahia-BA (12.311 habitantes/R$ 63.519.447,80)

  7. Alto Bela Vista-SC (1.856 habitantes/R$ 8.938.887,00)

  8. Amapá-AP (7.943 habitantes/R$ 35.339.413,67)

  9. Lavandeira-TO (1.626 habitantes/R$ 6.780.153,00)

  10. Vitória do Jari-AP (11.291 habitantes/R$ 45.453.990,50