”Em 2026, eles vão tentar avançar sobre as pequenas e médias cidades, nós, sobre as grandes”, diz presidente do PT Bahia

o presidente do PT Bahia, Éden Valadares. Foto: Reprodução/PT

O presidente do PT Bahia, Éden Valadares, comentou sobre o resultado das eleições de 2024. Éden explicou sobre as maiores votações do PT nos pequenos e médios municípios e disse que o União Brasil angariou melhor desempenho nos maiores colégios eleitorais. A declaração foi feita nesta quinta-feira (10), em entrevista à TV Band Bahia.

O presidente da sigla baiana disse acreditar para 2026 os dois grupos oposicionistas devem voltar seus esforços para conquistar o eleitorado onde obtiveram resultados desfavoráveis.

”A tática deles com relação à Região Metropolitana é a mesma de 2022, está evidente. O que a turma de ACM Neto e Bolsonaro aposta? Ganhar bem as eleições nas grandes cidades para tentar fazer os cinquenta por cento mais um que precisa no estado. O que é que nós apostamos? Melhorar o nosso desempenho nessas grandes cidades e garantir o apoio que nós temos nas pequenas e médias cidades para o Lula Jerônimo. Em 2026, eles vão tentar avançar sobre as pequenas e médias, e nós, sobre as grandes”, relatou o petista.

Na entrevista, o presidente ressaltou que mesmo a oposição administrando algumas das dez maiores cidades em 2024, Jerônimo continua com o maior número de municípios do estado. Contabilizando as prefeituras do PT e dos partidos aliados, o governador venceu em mais de 310, número, inclusive, superior aos dos seus antecessores, Jaques Wagner e Rui Costa.

”Somente nós do PT subimos em 15% o número de votos geral. Tivemos mais de um milhão e 200 votos para prefeito na Bahia, sem ter candidatura em Salvador. Você imagina se tivesse candidatura em Salvador, esse número provavelmente seria de um milhão e meio”.

”Balanço tem para todo gosto, cada partido vai fazer o seu. Vou fazer uma leitura sem torcida. Para mim, o resultado das eleições dá ligeira vantagem à base do governador, para mim o resultado é muito próximo, o retrato de 2022 é muito próximo do retrato de 2024. ‘Ah, a turma deles ganhou nas maiores cidades’, mas nós ampliamos o número de prefeitos do PT e do Governo nas médias e menores. ‘Ah, o Governo perdeu Lauro’, mas ganhou Juazeiro, ‘perdeu Ilhéus’, mas ganhou Eunápolis. Então, nas grandes o movimento ficou meio que o mesmo desenho, a mesma foto. Eu perdi dois para lá, eles perderam dois para cá. Ficou a mesma coisa. Nas pequenas, houve uma ligeira melhora para nós, e nós crescemos em cima deles. Por quê? Porque o Avante saiu de lá e veio para cá, porque uma parte do PP saiu de lá e veio para cá e porque o PT está retomando o crescimento nas grandes cidades”, salientou Éden.

O dirigente estadual relembrou de 2016 e 2020, considerados os piores anos de eleições municipais para o PT. ”Nós já tivemos 90 prefeituras na Bahia e caímos para 32. Agora, já subimos para 49. Então, estamos recuperando a força e o tamanho do PT nos municípios. É o maior PT do Brasil o PT da Bahia, nós estamos celebrando, estamos comemorando as 49 prefeituras que vencemos, 65 vices eleitos no PT, 422 vereadores. Estamos nos recuperando, é um processo de recuperação do tamanho do PT nos municípios”. Com informações do site Bahia Notícias

Ubaíra: Lúcio foi o único prefeito do Vale do Jiquiriçá que não conseguiu se reeleger nas eleições 2024

Lúcio chegou a contar com o apoio de Jerônimo. Foto: Rede social

Dois 20 municípios do Território de Identidade Vale do Jiquiriçá, 07 tiveram candidatos à reeleição no pleito 2024, ou seja, entre 20 prefeitos, 07 tentaram se reeleger e apenas 01, Lúcio Passos Monteiro (PSD), da cidade de Ubaíra, não conseguiu êxito e foi desbancado por Neném, do PP, com uma diferença expressiva de 3.447 votos.

Uildberger Alves Rabelo, o Neném, que tem 40 anos e havia sido derrotado por Lúcio em 2020 com uma vantagem de 199 votos sobre o adversário, que na ocasião substituiu o então prefeito Fred Andrade, que teria desistido da disputa e  agora voltou à cena política e foi eleito vice na chapa da oposição, tendo sido o grande influenciador do processo, com duras críticas a gestão de Lúcio durante o período eleitoral obteve nas urnas 8.026 votos, 63,67% dos votos válidos, contra 4.579 votos, 36,33% dos válidos conquistados pelo prefeito.

Tradicional liderança política de Ubaíra, Lúcio que tem 62 anos, governa a cidade pela quarta vez, (1997-2000, 2005-2008, 2009-2012, 2021-2024). Com mandatos destacados no passado, tendo atraído instalação de fábrica de calçados e outros benefícios para o município na penúltima gestão Lúcio voltou retraído para o atual mandato, enfrentou uma enchente em 2021, que provocou destruição na cidade e, mesmo integrando a base do governador Jerônimo Rodrigues (PT), que esteve presente em sua campanha nestas eleições não conseguiu convencer a maioria dos munícipes, não superou a força dos opositores e foi engolido no processo eleitoral. Vale ressaltar que, antes da convenção, ele teria desistido de desistir, alegando limitações físicas por problemas de saúde, voltou atrás e anunciou candidatura, que terminou com derrota.

*por Marcos Frahm / BMF

Opinião: Lula é super trunfo para Caetano em Camaçari e Flávio deverá ter reforço máximo de aliados

A prévia de 2026 a ser travada no segundo turno das eleições em Camaçari entre PT e União Brasil promete render emoções até para quem não tem uma relação direta com a cidade. Para além de um dos maiores PIBs da Bahia, Camaçari atrai a atenção de quem se interessa por política, visto que contará esforços hercúleos dos dois lados para ganhar a prefeitura a cidade da Região Metropolitana de Salvador. E, mesmo que o resultado — seja uma vitória ou eventual derrota — não seja decisivo para a disputa pelo governo da Bahia, será usado como argumento para o próximo pleito.

A cidade se desenvolveu a partir do polo petroquímico — hoje mais industrial — viveu em 2024 a primeira oportunidade de ter uma eleição em dois turnos. Levou a sério a chance e falhas em diversas urnas tornaram a apuração ainda mais emocionante. Apenas ao final foi confirmada a parca diferença de 559 entre Caetano (PT), que ficou à frente, e Flávio (União). E, desde a noite de domingo, já tiveram início as conversas e articulações para definir as estratégias que cada grupo político deve adotar para essa segunda etapa.

Do lado de Caetano, uma inauguração despretensiosa pelo governador Jerônimo Rodrigues, nesta quinta-feira (10), dá o tom. O ex-secretário de Relações Institucionais usará o máximo possível a máquina estadual e as figuras caras ao petismo baiano para tentar convencer os eleitores camaçarienses que ele é o melhor investimento para retornar ao comando do Executivo. Caetano já fora prefeito em duas oportunidades e fez um sucessor (Ademar Delgado) que não conseguiu ser reeleito, dando espaço para a ascensão de Elinaldo Araújo. Agora, prega o discurso de alinhamento com os governos federal e estadual como uma espécie de mantra para voltar ao comando da prefeitura.

Contudo, essas mesmas ferramentas foram usadas no primeiro turno e, ainda assim, o ex-prefeito não conseguiu liquidar a fatura. A diferença foi apertada e a motilidade dos votos será algo essencial para definir quem leva a prefeitura. Por isso, Caetano tem uma carta que seria uma espécie de ”super trunfo” e que, até o momento, não deu sinais de que desembarcaria por aqui: Luiz Inácio Lula da Silva. O presidente da República, arregimentador de votos na Bahia, não veio presencialmente a Camaçari e, por enquanto, confirmou presença entre os turnos apenas nas capitais. Esse foi a única carta na manga que ainda não foi usada pelo petista.

Já o adversário, Flávio Matos, tem a máquina da prefeitura a seu favor, dado que Elinaldo foi o padrinho político da candidatura e o reforço dos prefeitos do apelidado ”Cinturão 44”, que elegeu Bruno Reis em Salvador e Débora Régis em Lauro de Freitas, para ficar restrito aos dois maiores municípios da região metropolitana. Flávio deve contar com esses reforços na campanha e a ausência de uma atenção dividida de outros caciques como ACM Neto e Paulo Azi, que devem estar mais presentes até o dia 27 de outubro.

A questão da atenção dividida também favorece Caetano, visto que Jerônimo e os ex-governadores Rui Costa e Jaques Wagner não terão que estar presentes em outras cidades da Bahia durante esse ”sprint” final da corrida. No entanto, aí entra em questão uma estratégia que Flávio até usou, mas que não pegou completamente: a ideia de renovação, que é cara ao PT há bastante tempo. Apesar do PT ter a ”fórmula” para ganhar prefeituras no interior da Bahia, nas maiores cidades quem tem prevalecido é o União Brasil.

Camaçari promete ser uma prévia de 2026, ainda que nada do que aconteça lá interfira no resultado da disputa para o governo da Bahia. Todavia, valerá como um esquente para saber como vão se comportar diversos atores da cena política estadual.

*por Fernando Duarte / Bahia Notícias

Presidente Lula sanciona Lei 14.994/24, que aumenta de pena de feminicídio para até 40 anos no país

Presidente Lula sanciona Lei. Foto: Ricardo Stuckert / PR

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva sancionou nessa quarta-feira (9) a Lei 14.994/24, que amplia para até 40 anos a pena para o crime de feminicídio. É a maior pena prevista no Código Penal. O texto também tipifica o feminicídio em um artigo específico, e não mais como um tipo de homicídio qualificado. As penas passam de 12 a 30 anos de reclusão para 20 a 40 anos.

Lula se manifestou nas redes sociais após a sanção da lei. ”Mais um passo no combate ao feminicídio no Brasil. Ao lado da ministra Cida Gonçalves, sancionei um projeto de lei que agrava a pena de feminicídio, aumentando a pena mínima de 12 para 20 anos, podendo chegar até 40 anos, e agravando penas de outros crimes praticados contra as mulheres. O nosso governo está comprometido e em Mobilização Nacional pelo Feminicídio Zero”.

O texto ainda reconhece o feminicídio como crime hediondo e traz novas previsões de agravantes, situações que podem aumentar a pena do criminoso. São elas: o emprego de veneno, tortura ou outro meio cruel; emboscada ou outro recurso que torne impossível a defesa da vítima; e emprego de arma de fogo de uso restrito ou proibido.

A nova lei ainda aumenta a pena do condenado que, no cumprimento de penalidade, descumprir medida protetiva. A punição aumenta de detenção de 3 meses a 2 anos para reclusão de 2 a 5 anos e multa.

Além disso, dentre as novidades da lei está a previsão de transferência do presidiário ou preso provisório por crime de violência doméstica ou familiar em caso de ameaça. Dessa forma, se ele ameaçar ou praticar novas violências contra a vítima ou seus familiares durante o cumprimento da pena, ele será transferido para presídio distante do local de residência da vítima.

A proposta com as alterações no Código Penal começou a tramitar no Senado, foi aprovado e seguiu para a Câmara. A aprovação do texto pelos deputados ocorreu em setembro e seguiu para a sanção de Lula.

*com informações da Agência Câmara de Notícias

Disputa pela UPB opõe PP e PSD com nomes de ex-presidentes em busca de apoio do governo para a eleição; entenda

A eleição municipal também terá um novo capítulo envolvendo alguns outros prefeitos. Isso porque a disputa pela União dos Prefeitos da Bahia (UPB) já possui postulantes. Mais uma vez o embate deve ficar entre o PP e o PSD, como em edições anteriores, já que as legendas tem se alternado no comando.

Entre os nomes com maior adesão que mostraram desejo de disputar a UPB estão o de Zé Cocá (PP), prefeito reeleito em Jequié com 91,97% dos votos, e o do prefeito eleito de Bom Jesus da Lapa, Eures Ribeiro (PSD), que ocupava uma cadeira na Assembleia Legislativa da Bahia. Ambos já foram presidentes do órgão, o que deve acirrar ainda mais a disputa.

Com cenários distintos, ambos contam com ”prós e contras”. O novo prefeito de Lapa tem se colocado nos bastidores como um dos postulantes, tentando retornar após dois mandatos, que incluiu uma gestão de Zé Cocá e Quinho (PSD). Contando a seu favor, Eures tem relação direta com o governo do estado, compondo a base do governador Jerônimo Rodrigues (PT) na AL-BA. Outro trunfo é o senador Otto Alencar, presidente estadual do PSD e que também deve engrossar o coro para sua eleição.

O outro concorrente, Zé Cocá, possui algumas pendências, que incluem a relação com o governo baiano. Em 2022, durante processo de sucessão do então governador Rui Costa (PT), um rompimento com o grupo estremeceu a relação. Apesar disso, um dos seus principais aliados, o deputado estadual Hassan Iossef (PP) possui bom contato com a atual gestão, podendo reestabelecer o diálogo para a disputa. Além disso, informações de bastidores obtidas pelo Bahia Notícias apontam que o governo não causaria obstáculos para a recomposição.

O cenário também engloba um ”reforço” no nome de Cocá, já que a aproximação com o governo faria parte da busca dele para uma cadeira na Câmara dos Deputados. Com isso, a UPB acrescentaria na ideia de buscar prefeitos aliados e também ”encorparia” os votos de Jerônimo na cidade para a reeleição. Ligado ao deputado federal Leur Lomanto (União), Cocá também ”dividiria” os votos do grupo na sua candidatura e a do atual deputado.

Com a possibilidade de ”catapultar” nomes, a UPB é vista justamente como trampolim para que prefeitos atinjam o maior número de prefeitos. O caso mais recente é o do atual prefeito de Belo Campo, Quinho, que é o presidente da UPB. No pleito deste ano, Quinho conseguiu confirmar o sucessor na cidade, com o nome de Neto Fidélis (PSD) e deve ser um dos nomes para disputa na Assembleia Legislativa da Bahia.

UPB REFORÇADA
A UPB é uma associação civil, sem fins lucrativos, com caráter federativo, sem vínculo partidário. Porém, é inegável que o representante máximo possui destaque político. Entre os presidentes da entidade estão José Ronaldo (União), Roberto Brito, José Tude (União), Jorge Khoury e outros.

O órgão mantém contato direto e permanente com os municípios, atuando no apoio técnico aos gestores nas diversas áreas da gestão pública, além da orientação para os prefeitos baianos e suas equipes.

Jaguaquara: Polícia Militar encaminha para o pátio da 7ª Ciretran motos barulhentas apreendidas na Operação Lince

A Polícia Militar através da 3ª Cia do 19º BPM encaminhou, nesta quinta-feira (10), diversas motocicletas apreendias em Jaguaquara, no Vale do Jiquiriçá, durante a Operação Lince, que objetiva coibir a poluição sonora provocada por motocicletas com escapamento adulterado para o pátio da 7ª Ciretran, sediada em Jequié.

Segundo o Comandante, Hianderson Ribeiro, a poluição sonora estaria motivando denúncias de perturbação do sossego alheio em pontos diversos da cidade.

Jaguaquara: Mais votado, Pirôpo deixa de ser mero vereador e ganha corpo para ser um futuro candidato a prefeito

Pirôpo vai trabalhar para ser o sucessor de Edione em 2028. Foto: rede social

Em Jaguaquara, a bola da vez com o resultado das urnas é Edione Agostinone (PT), prefeita reeleita com 66,72 % dos votos válidos. Quando uma chapa sai vitoriosa de uma eleição, naturalmente, quem divide o protagonismo com o prefeito (a) é o vice-prefeito, no caso de Jaguaquara, o atual vice, Nei Cabeludo (PT), que foi mantido na base.

No entanto, quem ganha os holofotes na Toca da Onça é o presidente da Câmara, Nildo Piropo (PT), vereador mais votado da história do município, tendo conquistado 1.813 votos, reeleito para exercer o sexto mandato no Legislativo da maior cidade do Vale do Jiquiriçá. Braço direito da prefeita nas articulações que levaram a mandatária a navegar em águas calmas na Câmara, tendo ao lado a maioria absoluta dos vereadores, 12 dos 15 na atual legislatura Pirôpo também é considerado o responsável pela guinada de lideranças da política local, que deixaram a oposição para apoiar a candidatura à reeleição de Edione, inclusive alguns radicais, que sempre rejeitaram o grupo que domina a Prefeitura faz tempo. Mas, apesar da vitória como vereador, é sabido por todos que o Pirôpo tem um sonho, ser o prefeito. Até aqui, não conseguiu ser um vice, aliás, desde 2012, quando apoiou o então candidato do PT, derrotado na ocasião por uma pequena diferença de votos, 603, para o candidato do PP, Giuliano Martinelli, de quem Nildo se tornou aliado depois – ele vem abrindo mão de integrar chapas para fortalecer grupos.

Só que para 2028 o jogo muda, com a possibilidade de Edione indicar alguém da base para lhe suceder e, há quem diga, que Nildo já se manifesta, nos gestos e olhares. Para pavimentar o caminho, terá pela frente alguns desafios e o primeiro será o de se manter na presidência da Câmara pelo terceiro mandato de líder da Casa, cargo cobiçado pelo segundo mais votado do município, o médico Élio Boa Sorte, que mesmo não sendo simpático ao PT se filiou a sigla e também saiu forte das urnas, obtendo 1.659 sufrágios. Élio já passou pela presidência e não esconde o desejo de voltar. Caberá a prefeita reunir a base e informar quem será o seu candidato.

 

Jaguaquara: Raimundo diz que não fará política do quanto pior, melhor e manterá relação com Jerônimo, mesmo sem ter o apoio do governo

O princípio do ”quanto pior, melhor” costuma ser um instrumento de baixo custo para políticos de oposição, que torcem pelo insucesso das gestões de seus adversários. Entretanto, esse não parece ser o objetivo de Raimundo do Caldo (PSD), derrotado nas urnas pela prefeita de Jaguaquara, Edione Agostinone (PT) que lhe superou com ampla vantagem nas eleições do último domingo (06).

Em entrevista a Rádio Povo AM/FM, concedida nesta quinta-feira (10) aos radialistas Dilson Pirôpo e Tina o ex-vereador Raimundo, que esteve acompanhado do seu filho e vereador reeleito Rodrigo Dias (PSD) preferiu não demonstrar mágoas com o governador Jerônimo Rodrigues (PT), que apesar de não ter participado da campanha da sua colega de partido esteve no município no São João e disse em entrevista à imprensa que teria ”lado” na política local, que seria o de Edione.

Dividindo o palanque com a própria prefeita, Raimundo apoiou Jerônimo na disputa pela Palácio de Ondina em 2022 e esperava contar com a retribuição de Rodrigues, o que não aconteceu, mesmo tendo a simpatia do governador, que faz questão de citar seu nome quando vem a cidade. ”Até então, estou muito tranquilo em relação ao governador Jerônimo Rodrigues, a gente tem uma relação muito boa. A diferença política que existe no município não abala a relação política em nível de estado, tenho uma relação pessoal com o chefe de gabinete dele, Adolpho Loyola, um cara que a gente liga, tem o contato direto. Nós temos relação com o senador Otto”, disse Raimundo que ainda citou os deputados Alex da Piatã e Antonio Brito, ambos do PSD e ao prometer não fazer a política do quanto pior, melhor disse que vai usar da sua influência no partido para ajudar o município. Em miúdos, nos meios políticos é difícil acreditar que Jerônimo isole Raimundo, independente do resultado das eleições. Com o cenário que está por vir, na futura disputa pela Bahia em 2026, o governo não vai querer perder mais aliados. Dos 417 municípios, o PT venceu em 50 e o PSD fez 115 prefeitos. Em síntese, o governo vai tentar fazer o jogo, mantendo a prefeita e o positor no seu rol dos aliados.

 

 

 

Jaguaquara: Raimundo diz que o poder econômico da máquina pública teve interferência forte na eleição

Ao sofrer derrota acachapante nas eleições 2024 em Jaguaquara, o ex-vereador Raimundo do Caldo (PSD) reapareceu, nesta quinta-feira (10) para fazer um balanço da sua campanha em programa de rádio, emissora Povo AM/FM, do Sistema Pazzi de Comunicação e, na sua avaliação, o resultado das urnas, que confirmou à reeleição da sua adversária, a prefeita Edone Agostinone (PT) teve a interferência do poder econômico da máquina pública.

Raimundo voltou a criticar a não realização de concurso pública em Jaguaquara, a contratação considerada por ele excessiva de servidores e disse que a eleição lhe serviu de aprendizado. ‘’Além de um aprendizado, mais conhecimento, conhecer melhor a realidade do nosso povo, mas, enfim, o resultado, a gente respeita de forma democrática, embora a gente não consegue entender, mas a gente respeita. Nós temos também questões de justiça, uma ação contra o abuso de poder econômico, o abuso de contratos excessivos, os números, o valor, uma discrepância muito grande, tipo assim: você comprava no ano de 2023 R$ 30 mil de cestas básicas, quando se aproxima da eleição você compra R$ 300 mil e esse aumento é só por conta do período eleitoral, quando se passa, o que era R$ 300 volta para R$ 30 e as necessidades as pessoas continuam tendo. As pessoas não precisam de cuidado só nesse período, mas tocamos o barco pra frente’’, disse Raimundo em dado momento da entrevista concedida aos radialistas Dilson Pirôpo e Tina.

Na reta final da campanha, a coligação do candidato ajuizou, na Justiça Eleitoral, uma Ação de Abuso de Poder Econômico contra a campanha de Edione e entre as alegações estaria a distribuição de cestas básicas no período eleitoral. Edione foi reeleita com 66,72 % dos votos válidos, 17.380 votos, uma frente que representa mais votos do que os que foram conquistados por Raimundo, que teve 33,28 %, 8.669 votos.

Jaguaquara: Jovem barbeiro que enfrentava tratamento de saúde não resistiu e faleceu no hospital

Matheus Pereira Santos, de 28 anos, faleceu nesta quinta-feira

O jovem Matheus Pereira Santos, de 28 anos, morador do bairro Casca, em Jaguaquara, e que foi diagnosticado com problema de saúde e que a família teria feito apelo por doações financeiras para o jovem, que é barbeiro e pai de uma menina de 2 anos não resistiu e faleceu nesta quinta-feira (10), no Hospital de Jaguaquara.

Ele chegou a ficar internado há vários dias e foi transferido para a Unidade de Alta Complexidade em Oncologia (Unacon) do Hospital Geral Prado Valadares (HGPV), em Jequié, onde foi submetido a procedimento cirúrgico e vinha sendo submetido ao tratamento em Jaguaquara. Na época do apelo, a população respondeu com apoio e pedidos de orações para Matheus, que faleceu precocemente. O corpo está sendo velado na Igreja Nova Esperança, no bairro Bela Vista e será sepultado nesta sexta-feira.

Brumado: Ministério Público Eleitoral pede cassação de Guilherme Bonfim e Edineide por abuso de poder

Dupla ficou em segundo lugar nas eleições. Foto: Reprodução / Achei Sudoeste

O Ministério Público Eleitoral (MPE) interpôs Ação de Investigação Judicial Eleitoral (AIJE) por abuso de poder econômico em despacho, nesta quarta-feira (09) em face de Guilherme Bonfim (PT) e Edineide de Jesus Novais (PSD), então pré-candidatos à prefeitura de Brumado.

Segundo a decisão do MPE, nos dias de 12 e 13 de julho de 2024, foi realizado um evento com recursos públicos e privados, na Praça Armindo de Azevedo chamado ”Arraiá de Brumado”, sendo uma festa que contou com atrações diversas promovendo uma campanha dos candidatos.

Nos dias que antecederam o evento, o requerido promoveu, através de suas redes sociais, intensa divulgação, atribuindo a si a responsabilidade pela sua realização. Os documentos trazidos aos autos demonstram, sem qualquer dúvida, que o investigado promoveu o evento utilizando-se, para tanto, de recursos públicos e privados.

Segundo a ação recebida pelo site Achei Sudoeste, parceiro do Bahia Notícias, a promotora Daniela de Almeida ressaltou que os fatos, mesmo anteriores ao registro da candidatura, influenciam diretamente as eleições, comprometendo a igualdade entre os candidatos e a lisura do pleito.

O Ministério Público Eleitoral (MPE) pediu a cassação da candidatura dos políticos e sua inelegibilidade. O pedido foi acatado pelo juiz Tadeu Santos Cardoso, da 90ª Zona Eleitoral, que determinou à Sufotur o envio das contas do ”Arraiá de Brumado” em 10 dias.

 

Zé Cocá diz que vai cobrar investimentos dos governos estadual e federal em Jequié; ”política se discute em 2026”

Zé Cocá diz que Policlínica de Saúde estaria subutilizada ao comentar sobre saúde pública

Em Jequié, ainda reflete nas ruas o resultado das urnas de domingo (06), com a prodigiosa vitória de Zé Cocá (PP), que detonou Alexandre de Saúde, obtendo 85.219 votos, 91,97% dos válidos contra 7.445 votos, 8,03% dos válidos conquistados pelo adversário. A vitória esmagadora de Zé também reflete na base do Governo, cujo governador Jerônimo Rodrigues (PT) subiu no palanque de Alexandre na reta final da campanha após cumprir ato institucional em Jequié e saiu derrotado do processo.

Rompido com a base desde 2022, quando apoiou ACM Neto (UB) na disputa pelo Palácio de Ondina Cocá é visto como o renegado do grupo, mas também desejado por aliados do Governo que sonha com a sua volta ao time. Entretanto, não se sabe se o retorno do prefeito de Jequié a base governista acontecerá da noite para o dia. Após o resultado das eleições 2024, é alfinetada pra lá e pra cá. Jerônimo, ao comentar a vitória de Zé relembrou que ele veio da base e insinuou que Cocá tirou proveito da estrutura do Governo para se destacar no cenário político.

Por outro lado, o prefeito não deixa barato e diz que vai cobrar dos governos Estadual e Federal mais investimentos para a Cidade Sol, como forma de retribuição a votação obtida por Jerônimo e Lula no município. Em entrevista à TV Record, Cocá, que sofreu críticas recentes de Jerônimo e da secretária de Saúde Roberta Santana na área da Saúde, durante a passagem dos gestores pela cidade no mês de setembro, admitiu deficiência na pasta, no âmbtio municipal, mas também apontou problemas com a Policlínica Regional de Saúde, sediada em Jequié, para atender aos municípios do Médio Rio de Contas e do Vale do Jiquiriçá, afirmando que, o equipamento que custa mais de R$ 40 milhões, estaria subutilizado. A manutenção da Policlínica é compartilhada entre o Estado, que financia 40% dos custos, e os municípios consorciados cobrem os 60% restantes, proporcionalmente à sua população. ”Nós precisamos criar alguns horizontes na área de Saúde, de fato, nós temos algumas deficiências. Iremos criar uma policlínica municipal e iremos chamar o governo do estado para que a gente discuta as necessidades que são urgentes, como por exemplo a policlínica regional de saúde, que tralhe por procedimento e não por carga horária. Você tem um belíssimo equipamento, mas que trabalha pouco, não trabalha finais de semana, um equipamento que vai mais de R$ 40 milhões e está subutilizado. Então nós vamos debater esses horizontes, vamos procurar o governador, procurar todo mundo que for necessário. É hora de discutir políticas públicas. Eu vi o governador na campanha falando em trazer creches, infraestrutura, vamos buscar isso, junto ao governo, ao governo federal, vamos otimizar isso para que Jequié continue avançando”, disse o prefeito que relembrou a votação dos representantes das gestões estadual e federal em Jequié. ”O governo do estado e o governo federal nas eleições passadas ganharam em Jequié, é importante agora que os investimentos aconteçam e nós vamos cobrar isso. Política se dsicute em 2026′.

*por Marcos Frahm

Bancada da Bahia se divide na votação de projetos da ”pauta anti-STF”; veja como votaram os deputados baianos

Apesar do baixo movimento de deputados federais em Brasília, que até levou o presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), a cancelar todas as sessões plenárias desta semana, a Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) conseguiu garantir o quorum necessário para finalizar a votação de um pacote de projetos que tratam de atribuições de ministros do Supremo Tribunal Federal. Entre as matérias que foram votadas na sessão desta quarta-feira (9) estão duas propostas de emendas à Constituição que limitam poderes dos ministros, e por isso estão sendo chamadas de “pauta anti-STF”.

Deputados de oposição ainda tentaram fazer obstrução e impedir a votação das propostas, mas estavam em número inferior e ainda não contaram com o começo da sessão no plenário, que sempre leva ao cancelamento imediato das reuniões em comissões. No final, foram votadas as duas PECs e outros dois projetos de lei com sobre o STF.

Em relação às duas PECS, a CCJ aprovou apenas a sua admissibilidade, ou seja, o colegiado considerou que as proposições não infringem cláusulas da Constituição Federal, e, portanto, podem continuar ser discutidas. A partir de agora, caberá ao presidente da Câmara definir quando serão instituídas as comissão especiais que discutirão o mérito das matérias. Não há prazo para essa decisão de Arthur Lira.

Uma das PECs que foram aprovadas, a 8/2021, do senador Oriovisto Guimarães (Podemos-PR), e que já foi aprovada no Senado, busca limitar as decisões monocráticas dos ministros do STF. A proposta prevê que as ações e até mesmo pedidos de liminar sejam discutidos no plenário da Corte pelos 11 ministros em um prazo máximo de 30 dias. O texto garante que a decisão monocrática será derrubada se esse limite não for respeitado.

A outra PEC, a 28/2024, de autoria do deputado Reinhold Stephanes (PSD-PR), tem como intenção possibilitar ao Congresso Nacional cancelar as decisões do STF, se os parlamentares considerarem que os ministros invadiram as competências do Legislativo ou que eles criaram uma norma jurídica “geral e abstrata”. Conforme o texto, o Congresso poderá sustar a decisão do Supremo por meio do voto de 2/3 dos integrantes de cada uma de suas casas legislativas (Câmara e Senado).

Na sessão desta quarta, a PEC das decisões monocráticas foi aprovada por larga margem de votos, 39 a favor e 12 contra. Já a proposta da anulação de decisões do STF foi aprovada por 38 votos sim, com 12 contrários.

Após mudanças feitas pelos líderes partidários, a Comissão de Constituição e Justiça da Câmara conta no momento com seis deputados da Bahia entre seus integrantes. Veja abaixo como foi o voto da bancada baiana nas duas PECs que buscam limitar os poderes de ministros do STF, e a votação total por partido dos demais membros da comissão. As informações são do site Bahia Notícias

PEC 8/2021, decisões monocráticas

39 votos sim, 18 não

SIM
Arthur Maia (União)
João Leão (PP)

NÃO
Bacelar (PV)
Paulo Magalhães (PSD)

Ausentes
Diego Coronel (PSD), titular
Paulo Azi (União), suplente

Na divisão dos votos por partidos, votaram “sim” 13 do PL, 8 do União Brasil, 6 do PP, 5 do Republicanos, 2 do MDB, 2 do PSD, 1 do PSDB, 1 do Podemos, 1 do PRD
Já pelo “não” votaram 7 do PT, 2 do PDT, 2 do PSB, 1 do MDB, 1 do PSD, 1 do PV, 1 do PCdoB, 1 do Solidariedade

PEC 28/2024, cancelamento de decisões do STF

38 sim, 12 não

SIM
Arthur Maia (União)
João Leão (PP)

NÃO
Ninguém

AUSENTES
Bacelar (PV) é titular
Paulo Azi (União) é suplente
Diego Coronel (PSD) é titular
Paulo Magalhães (PSD) é titular

Na divisão de votos por partido, votaram “sim” 13 do PL, 8 do União Brasil, 6 do PP, 4 do Republicanos, 2 do PSD, 2 do MDB, 1 do PSDB, 1 do Podemos, 1 do PRD
Votaram “não” 5 do PT, 2 do PSB, 1 do MDB, 1 do PDT, 1 do Solidariedade

Risco de ataque cardíaco e derrame é duas vezes maior em pessoas que testaram positivo para Covid

Uma nova pesquisa liderada pela Cleveland Clinic apontou que pessoas que testaram positivo apresentaram uma probabilidade duas vezes maior de ter um evento cardíaco grave ou um derrame em até três anos após a doença. Pacientes que ficaram hospitalizados por conta da enfermidade ainda registraram um maior risco.

O levantamento entrevistou cerca de 10.005 pessoas que foram infectadas com Covid e 217.730 pessoas não infectadas, segundo publicação do Metrópoles via UK Biobank. A pesquisa ainda mostrou uma relação entre o tipo sanguíneo e o risco aumentado para casos cardiovasculares após o covid.

Os resultados apontam que o risco de ataques cardíacos e derrames foi maior entre pacientes com Covid que tinham os tipos sanguíneos A, B ou AB.  Outros antigos estudos afirmaram que pessoas com esses tipos sanguíneos estavam mais propensos a esses tipos de doenças.

”Mais de um bilhão de pessoas no mundo todo já tiveram Covid. As descobertas relatadas não são um efeito pequeno em um pequeno subgrupo”, explicou o coautor do estudo Stanley Hazen, professor da Cleveland Clinic.

”Os resultados incluíram quase um quarto de milhão de pessoas e apontam para uma descoberta de importância global para a saúde que promete se traduzir em um aumento nas doenças cardiovasculares globalmente”, completou. Com informações do site Bahia Notícias