Uilson Venâncio Gomes de Novaes, 59 anos, casado, pai de 5 filhos, comerciante do ramo de auto-peças, agricultor, e estreante na vida pública. Foi eleito prefeito de Maracás em seu segundo teste eleitoral. Em 2012, candidatou-se pela primeira vez a cargo eletivo, pelo PDT, não obtendo êxito, perdendo o pleito para o então prefeito, Paulo dos Anjos, que na ocasião foi reeleito pelo PT. Em 2016, estimulado pelo seu grupo político formado há 4 anos, decidiu, novamente, disputar a Prefeitura, apresentando candidatura com perfil de oposição a atual gestão. Se manteve na mesma legenda partidária, formou a mesma chapa da sucessão anterior, mantendo na vice o músico Sebastião de Souza, o Tião da Me Leva, do PV, com quem venceu Paulo que, desta feita, candidatou-se pelo PSL e foi derrotado nas urnas. Soya elegeu-se prefeito quebrando hegemonia de 20 anos na Cidade das Flores. Venceu Paulo dos Anjos e Nelson Portela (PT), ex-prefeito do município, afilhados políticos do também ex-prefeito Fernando Carvalho [já falecido], que se juntaram para enfrentar o comerciante apelidado pelos eleitores de caatingueiro, que venceu com expressiva votação – 54.56%, ou seja, 8.092 votos, contra 41.03% de Paulo, o que representa 6. 086 votos válidos. Soya foi diplomado nesta sexta-feira (15/12), pela Justiça Eleitoral, e em sua primeira entrevista como prefeito da Cidades das Flores, concedida ao Blog Marcos Frahm, disse que não é político e que pretende fazer uma administração sem propaganda enganosa, fazendo afirmação de que ”Maracás viveu muito de propaganda, e não apresenta os grandes avanços que diziam as propagandas”. O novo gestor afirmou ainda que vai priorizar a Saúde, que em sua visão passar por sérios problemas no município. ”Vamos pedir força a Deus, paciência ao povo, porque o país está em crise e Maracás têm muitos problemas que precisam ser resolvidos, principalmente na saúde, que está ruim. As pessoas precisam de uma atenção melhor, de uma saúde de qualidade. Nós vencemos a eleição, não à toa, foi porque o anseio da população era grande. São vinte anos, duas décadas de um grupo só no poder e agora chegou à vez dos mais humildes. Vejo que a nossa cidade tem muitas pessoas pobres, lá no canto da rua, sem atenção da prefeitura e pra mudar essa realidade a gente vai ter que trabalhar muito”, disse.

Questionado sobre a equipe que irá lhe auxiliar na gestão, a partir de 1º de janeiro de 2017, quando assumirá o Executivo, Soya revelou que a equipe está sendo montada, mas que pedirá aos integrantes do quadro de funcionários, sobretudo os secretários, que trabalhem com simplicidade, priorizando o relacionamento interpessoal. ”Quem nos elegeu foi o povo pobre desta cidade, e eu também sou de família pobre e sei o que é sofrimento – por tanto eu vou exigir um tratamento digno a cada um que procurar um órgão. Mesmo quando a gente não tiver a condição de resolver o problema, o tratamento terá que ser especial ao cidadão”, avisou.

Médica, conhecedora da saúde pública e administração hospitalar, a prefeita eleita de Itiruçu, Lorena Di Gregório (PRB), diplomada nesta sexta-feira (16/12) pela Justiça Eleitoral, disse que é precária a situação da saúde no município. ”A saúde, ela é um foco primordial. Não adianta você ter lazer e não ter a saúde. A situação hoje em Itiruçu é precária. A atenção básica, por exemplo, ele já demitiu todos os médicos dos PSFs. Então, chegou um momento em Itiruçu, em que a gente não tem nem o básico”, criticou, e continuo. ”A gente não tem hoje exames laboratoriais. O que a gente tem, se eu não me engano, é ultrassom e só uma vez por mês e isso é o básico, o município tem a obrigação de fornecer”, lamentou.

A médica Lorena Di Gregório (PRB), foi eleita a primeira mulher prefeita de Itiruçu, nas eleições de outubro de 2016. Lorena desbancou antigas lideranças da política local, sendo eleita com votação expressiva – a maior da história política da cidade. Derrotou o ex-secretário de Agricultura do município, da atual gestão, Enzo Tenise, que foi candidato pelo PROS, que teve o apoio do ex-prefeito Ailton Cezarino (PSL), do tucano Wagner Novaes (PSDB), que exerce até o dia 31 deste mês, pela terceira vez, o cargo de prefeito, mas com rejeição popular desistiu de candidatar-se à reeleição. Diplomada nesta sexta-feira (16/12) pela Justiça Eleitoral, através da 37ª Zona Eleitoral de Maracás, a prefeita concedeu entrevista ao Blog Marcos Frahm, tendo afirmado que, a partir do dia 1º de janeiro, quando assume a cidade, determinará uma auditoria na Prefeitura.  Lorena evitou ataques pessoais ao prefeito Wagner, mas subiu o tom das críticas a administração pública. Ela disse que a situação é delicada e que a intervenção com realização de uma auditoria, nas obras públicas e na parte documental, é necessária. ”Queremos saber de tudo para fazer da transparência e honestidade uma marca da nossa administração”, explicou.

Segundo Di Gregório, o prefeito deixará obras iniciadas na atual gestão, e ela reconhece, mas algumas ficarão sem conclusão, a exemplo da construção do Portal da Cidade, em convênio com o Governo Federal, que foi autorizada pela Caixa Econômica Federal, orçada em R$1.905.000,00, mas que só teve 30% dos serviços executados, conforme a eleita gestora. ”A auditoria é mais do que necessária e eu vou pedir a compreensão da população, pelos três meses que nós iremos dedicar a essa auditoria. Nós vamos terminar as obras, da melhor forma possível, essa é a nossa pretensão, mas antes vamos fazer uma auditoria, porque Itiruçu precisa de um tratamento e, para isso, é preciso traçar um diagnóstico real do município, pois temos que diagnosticar quais são os principais problemas da cidade”, disse Lorena. A prefeita afirmou que tem consciência da crise financeira que afeta o país e que fará um governo de austeridade.