Com 57,31% de seções apuradas, Bolsonaro tem 48,94% e Fernando Haddad, 26,30%

Bolsonaro segue liderando apuração. Reprodução/Agência Brasil

O Tribunal Superior Eleitoral (TSE) começou a divulgar a partir das 19h os resultados parciais da apuração dos votos para presidente da República. Com 57,31% das seções apuradas, o candidato do PSL, Jair Bolsonaro, tinha 48,94% dos votos, seguido por Fernando Haddad (PT), com 26,30%. Na sequência, aparecem Ciro Gomes (PDT), com 12,17%; Geraldo Alckmin (PSDB), com 4,87%; e Henrique Meirelles (PMDB), com 1,25%. Cabo Daciolo (Patriota) tinha 1,09%; Álvaro Dias (Podemos) tinha 1,01%; e Marina Silva, 0,96%. Guilherme Boulos (PSOL), aparecia com 0,55%. Brancos representavam 2,62% e nulos 5,72%. Abstenções eram 20,28% do total.

Filho de apresentador Ratinho, Ratinho Junior, do PSD, é eleito governador do Paraná

Deputado Ratinho é eleito governador. Foto: Reprodução

Filho do apresentador Ratinho, o deputado estadual Ratinho Junior (PSD) foi eleito o novo governador do Paraná neste domingo (7), no primeiro turno. Em segundo lugar, ficou a atual governadora, Cida Borghetti, (PP). Ex-secretário estadual de Desenvolvimento Urbano, Ratinho, 37, fez uma coligação com nove partidos, e se uniu a nomes de fora da política, como o candidato a senador Oriovisto Guimarães, professor e fundador do Grupo Positivo. Eleito deputado aos 21 anos, o pessedista se posicionou como o ”novo” e criticou a ”velha política”. Entre suas promessas, estão enxugar a máquina pública, vender prédios do governo, rever a carga tributária e investir em energia eólica. Adversários levantaram suspeitas sobre os veículos de comunicação da família, dona de emissoras de rádio, TV e fazendas, entre outros negócios, no estado. Em 2012, uma das emissoras foi condenada pela Justiça Eleitoral por favorecer Ratinho Junior, então candidato à Prefeitura de Curitiba, durante o noticiário. Mas nenhuma decisão semelhante foi tomada neste ano. Retransmissora do SBT no Paraná, a Rede Massa, de propriedade da família, decidiu não promover o debate entre os candidatos ao governo, para evitar acusações de parcialidade. A campanha de Junior ainda contou com o incentivo do pai, o apresentador Ratinho -que teve sua participação em comícios restrita pela Justiça Eleitoral. O TRE entendeu que sua presença estava sendo propagandeada como a de uma celebridade, para atrair público. O candidato recorreu e disse que estavam tentando ”crucificar um pai”. Já Cida, 53, que era vice do ex-governador Beto Richa (PSDB) e assumiu o governo em abril, como a primeira mulher a comandar o Paraná, prometeu investir em segurança, combater a corrupção e fazer novas licitações para os contratos de pedágio, que são investigados pelo Ministério Público Federal por suspeita de desvios. Ela é mulher do ex-ministro da Saúde Ricardo Barros (PP), candidato à reeleição na Câmara Federal e principal articulador de sua campanha. Adversários a acusaram de uso da máquina pública e abuso de poder. Uma proposta de benefícios fiscais em setembro, da qual o governo recuou, chegou a ser investigada pela Procuradoria Regional Eleitoral. Da mesma forma, uma ”intervenção” nas empresas de pedágio, anunciada a três dias da eleição, é alvo de apurações do órgão. Coronéis reformados da PM foram destacados para fiscalizar as empresas em suas sedes e, eventualmente, em praças de pedágio. O governo nega intenção eleitoral. Tanto Cida quanto Ratinho passaram a campanha tentando se descolar do ex-governador Beto Richa, de quem foram aliados (Cida, como vice-governadora, e Ratinho, como secretário). O tucano foi preso temporariamente durante a campanha, acusado de desvios em obras públicas -ele nega irregularidades e diz ser vítima de uma ação política. Cida rifou o antigo aliado, e pediu a exclusão da candidatura do tucano da chapa. Já Ratinho afirmou não ter compromisso com ninguém.

Eleição em Jaguaquara é marcada por dificuldades para o eleitor, enfrentando longas filas para votar

Eleitores reclamaram da espera para votar. Foto: Blog Marcos Frahm

Eleitores de Jaguaquara, maior colégio eleitoral do Vale do Jiquiriçá enfrentaram, desde a abertura dos locais de votação, às 08h, dificuldades para registrar o voto.  A agregação de seções, com longas filas, e eleitores encontrando dificuldades no reconhecimento da digital do novo sistema, que é biométrico, são alguns dos relatos dos eleitores. No CEEP Pio XII, no bairro Muritiba, maior colégio eleitoral do município houve espera de mais de duas horas, conforme apurou o Blog Marcos Frahm junto a eleitores que se aglomeravam em filas. No local, os portões fecharam às 17h, mas quem estava em fila permaneceu aguardando para registrar o voto. No Cartório Eleitoral, as informações colhidas são de que o número de urnas não era suficiente para disponibilizar seção única e que por isso houve agregação, além da grande quantidade de votos a serem registrados, seis ao todo, fatos que contribuíram para a formação de filas nas seções eleitorais. Vale ressaltar que o município passou pela revisão biométrica, o que, para muitos cidadãos, atrasou o processo de votação.

Eleições 2018: Campanha presidencial chega ao fim inscrevendo fatos inéditos

Candidato esfaqueado, candidato preso substituído por outro na última hora – e  ambos líderes da disputa.  A campanha presidencial de 2018 chega ao fim inscrevendo esses e outros fatos inéditos na crônica da história recente. Termina também abalando o prestígio do tradicional marketing político, batido pelas mensagens virais dos aplicativos – boa parte delas constituída pelo mais puro fake news. Hoje nas urnas deverá se evidenciar ainda, conforme mostraram todas as pesquisas, que a polarização do eleitorado brasileiro, fortalecida no pleito de 2014 e no impeachment de 2016, tornou-se mais profunda e extensa. Pela primeira vez, o principal embate alonga-se do campo da centro-esquerda – no qual PSDB e PT medem forças desde a década de 1990 – e chega à extrema-direita. É nesse polo que se posiciona o candidato do PSL, Jair Bolsonaro, primeiro colocado nas pesquisas. Em sua trajetória de 25 anos como deputado, Bolsonaro esforçou-se, ao privilegiar temas caros à agenda ultraconservadora, para ser o oponente preferencial da ”ideologia esquerdista”. Nessa condição, rivaliza-se hoje com Fernando Haddad, o amigo escolhido por Lula para substituí-lo e encabeçar a chapa do PT. Aqui verifica-se mais uma situação inusitada: os dois candidatos preferidos são também os que batem recorde de rejeição. A estratégia de Bolsonaro de se apresentar como estrela maior contra ”tudo que está aí” foi facilitada pelo fato de o candidato não ter sido arrastado pela tsunami da Lava Jato – que tragou quadros do PT, PMDB, PSDB e também colegas do centrão do deputado do PSL.

Propaganda eleitoral

A eleição presidencial deste ano também soterra a crença de que um candidato já teria maiores chances de se eleger se tivesse tempo razoável de propaganda na TV e no rádio para apresentar um programa bem produzido e com mensagens eficazes. Geraldo Alckmin (PSDB), que teve três vezes mais tempo de propaganda do que o PT, o segundo colocado, é o maior exemplo de que o horário eleitoral contou pouco. Alckmin saiu da campanha praticamente do mesmo tamanho que entrou. Henrique Meirelles (PMDB), que gastou R$ 25 milhões do próprio bolso só com a produção de programas, também não decolou. Bolsonaro, entretanto, com míseros oito segundos, cresceu dia a dia nas pesquisas de intenção de voto. Na campanha presidencial de 2018, as transmissões ao vivo na internet e as correntes de WhatsApp chegaram ao auge – algo que se desenhou em 2014. As redes sociais – e as notícias falsas que se propagam por elas – se consolidaram como meios de persuasão política.

Democracia

Saturados com o desemprego, violência e corrupção – temas sempre citados entre os cinco principais problemas do país -, os brasileiros chegam à sétima eleição direta para presidente apoiando fortemente a democracia. Segundo pesquisa Datafolha, feita às vésperas do pleito, para 69% dos eleitores, a democracia é sempre a melhor forma de governo. Este foi, segundo o instituto, o índice mais alto registrado desde 1989, quando se realizou a primeira eleição direta logo após a promulgação da Constituição, que completou agora 30 anos. Em 1989, o índice era de 43%. Um exemplo de que a democracia está mais viva do que nunca foi outro fato inédito ocorrido nesta campanha: pela primeira vez, um movimento de mulheres se organizou e levou milhares às ruas contra um presidenciável – no caso, Jair Bolsonaro. Outra novidade que certamente marcará 2018 é a estoica campanha do nanico Cabo Daciolo (Patriota). ”Não fiquei nas redes, não visitei comunidade alguma; só visitei os montes”, resumiu o candidato cujo lema mais repetido foi ”Glória a Deus!”. Da Agência Brasil

Carro bate com carreta na BR-116, mata motorista e passageiro sobrinho de vereador de Jequié

Picape Fiat Strada bateu com UMA carreta. Foto: Leitor/BMF

Um acidente grave ocorrido na BR-116 matou duas pessoas de Jequié. O desastre aconteceu por volta das 15h deste sábado (6), no KM 561, nas proximidades da praça de pedágio da Via Bahia, no trecho do município de Nova Itarana. Uma picape Fiat Strada de cor branca, que retornava de Feira de Santana colidiu frontalmente com uma carreta. Com o impacto da batida, Tailan Silva Cruz de 24 anos, e Roque Bispo Rocha, de 55, morreram após ferimentos. O carro era conduzido por Roque, que foi a óbito no local, quanto Tailan, que era filho de Célia Pereira, servidora da ª Ciretran de Jequié e sobrinho do vereador Eliezer Pereira Filho foi socorrido com vida ao Hospital Geral Prado Valadares – HGPV, mas não resistiu a gravidade dos ferimentos. Os corpos foram liberados na manhã deste domingo pelo IML de Jequié, velados na Igreja Quadrangular do bairro Cidade Nova e já sepultados, às 14h.

PRF prende mais um condutor por crime eleitoral ao transportar eleitores, em Gandu

Oito eleitores estavam sendo transportados. Foto: Divulgação/PRF

Policiais rodoviários federais detiveram, na manhã deste domingo (7), o condutor de uma Kombi que transportava oito pessoas de uma fazenda na zona rural de Gandu para a cidade de Nova Ibiá (BA), onde votariam. A Legislação Eleitoral proíbe o transporte de eleitores em veículos sem o devido cadastramento e autorização junto à Justiça Eleitoral. O Condutor de 22 anos havia cobrado passagem dos eleitores para realizar o transporte até o local de votação. Flagrado, ele foi levado para a Delegacia de Polícia Civil em Gandu.

PRF prende vereador por transporte ilegal de eleitores na rodovia BR-116, em Milagres

Vereador conduzia veículo sem habilitação. Foto: Divulação/PRF

Um vereador do município de Milagres, que não teve sua identificação divulgada, foi detido na manhã deste domingo (7) por policiais rodoviários após ser flagrado transportando seis eleitores ilegalmente no KM 549 da rodovia, trecho de Milagres. Após fazer a abordagem, foi constatado que o vereador não seria habilitado para dirigir veículos. Aos policiais, o vereador de 39 anos informou que passava pela rodovia quando viu o grupo de pessoas e resolveu dar carona. De acordo com a Legislação Eleitoral, o transporte de eleitores só poderá ser feito por veículos cadastrados e autorizados pela Justiça Eleitoral. A PRF encaminhou a ocorrência para a Delegacia de Polícia Civil em Milagres.

Idosa de 75 anos morre após passar mal durante votação dentro de escola em Salvador

Uma idosa de 75 anos morreu após passar mal na seção de votação, no bairro de São Caetano, em Salvador, na manhã deste domingo (7). Ela já estava na urna quando teve o mal-estar, por volta das 8h20. A informação foi confirmada pela Secretaria da Segurança Pública da Bahia (SSP-BA). O nome da escola onde a mulher passou mal não foi informado. A vítima chegou a ser socorrida e levada para a Unidade de Pronto Atendimento do bairro, mas não resistiu. Não há detalhes do que a idosa teve. O caso vai ser investigado pela 4ª Delegacia, que fica em São Caetano.

Juíza baiana ignora recomendação do Conselho de Justiça e publica foto de apoio a candidato

Juíza apoia Bolsonaro. Foto: Instagram

O Conselho Nacional de Justiça (CNJ) emitiu na última sexta-feira (5) uma recomendação para que os juízes não façam manifestações políticas no processo eleitoral deste ano, nem nas redes sociais, nem na imprensa. Porém, parece que ao menos uma magistrada baiana decidiu não seguir a indicação do órgão. A juíza Márcia Simões Costa, atualmente na Vara do Júri da Comarca de Feira de Santana, publicou neste domingo uma foto com uma camisa que traz a imagem do candidato à presidência da República Jair Bolsonaro (PSL), junto ao texto ”O soldado que vai à guerra e tem medo de morrer é um covarde”. Na legenda da imagem, a juíza ainda comentou ”Brasil acima de tudo, Deus acima de todos!”, em referência a uma frase constantemente repetida pelo candidato. Do Bahia Notícias

Haddad deve explorar sua relação com família e religiosidade se passar para segundo turno

Haddad vota em SP ao lado da esposa. Foto: Ricardo Stuckert

Se Fernando Haddad (PT) passar para o segundo turno da eleição presidencial, ele vai adotar uma nova estratégia. O petista deve explorar sua relação com a família e com a religiosidade, sendo apresentado como ”homem de fé, marido e pai cioso e reverente aos patriarcas”, assim como o avô Cury Habib Haddad, sacerdote da Igreja Ortodoxa. A informação é do blog Painel, da Folha de S. Paulo. De acordo com a publicação, o presidenciável carrega uma foto do avô dentro da carteira. Um indício desse novo comportamento foi demonstrado no debate da TV Globo, realizado na quinta-feira (4). Na ocasião, o petista enalteceu seu casamento de três décadas e falou de seu pai como uma de suas grandes inspirações. Segundo o blog, essa estratégia segue o intuito de neutralizar as notícias falsas que foram veiculadas contra o candidato nos últimos dias.

Vice de Bolsonaro, General Mourão fala em vitória no 1º turno e adota discurso pacificador

General Hamilton Mourão, candidato a vice-presidente. Foto: Uol

Candidato a vice de Jair Bolsonaro (PSL), o general Hamilton Mourão, votou às 9h15 deste domingo na Escola da Vila Militar do Regimento de Cavalaria de Guardas, no Setor Militar Urbano, e falou sobre a possibilidade de vitória já no primeiro turno. Ele levou a “cola” num papelzinho amarelo e gastou 35 segundos na cabine de votação. ”Pelas últimas avaliações, temos em torno de 40% de chance de encerrarmos no primeiro turno”, disse. ”Mas não é certo”. Mourão acrescentou que encerrar a disputa no primeiro turno seria ”muito bom” e daria à equipe três semanas a mais para preparação antes da posse. Mas não haverá frustração se o pleito for para o segundo turno. ”Seria muito bom se isso ocorresse, mas se não ocorrer, faz parte do processo.” Segundo o general, Bolsonaro já vem sendo procurado por parlamentares de diferentes bancadas. ”Teremos um bom apoio”, comentou. Questionado se confiava no sistema de urnas eletrônicas, ele afirmou: “Se não acreditássemos no sistema, não estaríamos participando.” No mês passado, Bolsonaro disse que não aceitaria um resultado diferente de sua vitória. Depois, amenizou sua afirmação. Mourão informou que Bolsonaro está em boas condições físicas, após se recuperar do atentado ocorrido no dia 6 de setembro. ”Só não pode falar muito”, explicou. ”Mais uns dez dias, terá condições de participar mais ativamente da campanha.” Ele acha difícil que Bolsonaro participe de campanha de rua e deixou em dúvida também a presença em debates. Ele considera positivo que, havendo segundo turno, possa haver debate de ideias. ”Se cair nesse nível, seria ótimo, porque não houve debate de ideias no primeiro turno”, disse. ”Acredito que possa ocorrer debate de ideias no segundo turno”. Quando lhe perguntaram se haveria risco de conflitos com o PT, Mourão procurou passar uma mensagem de pacificação. ”Não tenho conflitos na minha vida”, disse. ”Eu e o Bolsonaro somos formados na Academia Militar das Agulhas Negras, pertencemos ao Exército de Caxias, o Pacificador, aquele que uniu o Brasil no século XIX. Esse é o nosso lema: vamos unir o Brasil”. Mourão informou que irá às 15h30 para o Rio de Janeiro. Acompanhará a apuração das urnas na casa de Bolsonaro. Ao final, é possível que falem com a imprensa. Ao sair da seção eleitoral, Mourão encontrou-se com o general Paulo Chagas, que concorre ao governo do Distrito Federal pelo PRP e gritou: ”44 na cabeça!”.

Após voto em Irará, João Santana diz acreditar em segundo turno para governador na Bahia

João Santana disputa o Governo pelo MDB. Foto: Divulgação

O candidato ao governo da Bahia pelo MDB, João Santana, votou na manhã deste domingo (7), na Escolinha Saci, no município de Irará. Acompanhado de correligionários da legenda, Santana disse acreditar na possibilidade de segundo turno no estado. As pesquisas, no entanto, apontam reeleição do governador Rui Costa (PT) ainda no primeiro turno. ”Como tudo que cerca a minha vida e a minha trajetória, fiz minha campanha de maneira limpa, honesta e apresentando as minhas ideias e propostas para tirar a Bahia do atraso”, defendeu. “Agora é hora de aguardar o resultado com tranquilidade, pois tenho convicção que teremos um segundo turno para que possamos continuar mostrando o que precisa ser feito para melhorar o futuro do nosso estado”, concluiu. O candidato irá acompanhar o resultado das eleições de casa, ao lado da família e amigos, no bairro da Graça, em Salvador. Informações do Bahia Notícias

Cancelamento de 3,4 milhões de títulos não deve interferir em resultado da eleição

O PT demonstrou preocupação com o cancelamento de 3,4 milhões de títulos eleitorais nesta eleição, já que a maioria deles é de cidades onde a ex-presidente Dilma Rousseff (PT) venceu o pleito de 2014. Com isso, o Estadão Dados fez uma análise e concluiu que, se houver alguma interferência, ela será tão pequena que não vai prejudicar o resultado da eleição. Como o número de títulos cancelados corresponde a cerca de 2% dos eleitores, em nenhuma das simulações feitas pelo grupo do jornal, o eventual prejuízo ao PT superaria 0,4% dos votos válidos. Até então, nunca houve uma eleição presidencial decidida por porcentagem igual ou menor a essa.

RECADASTRAMENTO BIOMÉTRICO

O motivo que levou a Justiça Eleitoral a cancelar títulos em 1.248 municípios do país foi o recadastramento biométricos nas cidades em que a mudança foi obrigatória de 2016 a 2018. Nesses municípios, os eleitores deveriam se dirigir a um posto credenciado para registrar suas impressões digitais. Assim, os que não se apresentaram até o prazo final perderam o direito de votar nesta eleição. Na Bahia, 586.333 mil títulos foram cancelados, maior índice entre os Estados. Com informações do Bahia Notícias

”Espero que o povo baiano possa votar com sua consciência”, diz Rui ao votar na Liberdade

Rui Costa vota ao lado de Aline e Marina. Foto: Divulgação

O governador Rui Costa (PT), candidato à reeleição, votou no bairro da Liberdade, em Salvador, na manhã deste domingo (7). Em entrevista à imprensa, o petista comentou o fato de esperar mais de uma hora na fila no Colégio Duque de Caxias. ”Eu fiz questão de pegar fila para acompanhar a votação e demorou um pouco por causa da biometria. Muitos não estão conseguindo identificar a biometria, têm que assinar e demorou um pouco. O importante é exercer a cidadania, foi uma votação tranquila, em paz. Espero que o povo baiano possa votar com sua consciência”, disse o governador. O chefe do Executivo também afirma que, em eventual segundo turno entre Fernando Haddad (PT) e Jair Bolsonaro (PSL), a candidatura petista deverá dialogar mais com partidos de centro e com a sociedade. “Acho que mais do que olhar para o centro, acho que é preciso dialogar mais com a sociedade. Acho que tem problemas reais que nós precisamos colocar como prioridades no cenário nacional. O problema da segurança pública é nacional e a população clama por uma solução que não chegará em estado nenhum se a ação continuar desarticulada entre os estados. Os grandes grupos, as quadrilhas são nacionais e internacionais. O tráfico é responsável por 75% dos homicídios”, afirmou. Na avaliação de Rui Costa, a eleição foi prejudicada pelas notícias falsas. ”Infelizmente foi a eleição do fake news. Muita notícia falsa foi pregada nos últimos dias contra o Haddad”, reclamou. Rui também foi questionado se iria, em caso de reeleito, concluir o mandato de governador: ”Se vou continuar no mandato? É para isso que estou pedindo a reeleição. Você quer perguntar sobre a próxima eleição. Eu não posso falar sobre a próxima eleição, se nem concluí essa ainda”.