Cinco alvos promissores para exploração de ouro foram descobertas em Iramaia, na região de Maracás, que prometem reaquecer o mercado do ouro baiano e a economia da região. Pesquisas realizadas pela Companhia Baiana de Pesquisa Mineral (CBPM) identificaram esses depósitos de ouro, com cerca de 4 km de extensão, através do Projeto Jurema Leste. O estudo feito por mapeamento geológico de detalhe agora aguarda a primeira fase para entrar em execução. ”A CBPM pretende abrir um processo de licitação visando atrair empresa parceira que investigue a mineralização, a um custo estimado de US$ 1,5 milhão”, explica Rafael Avena, diretor da CBPM. Já num segundo ano os trabalhos serão dedicados à exploração da mineralização primária, por meio de sondagens diamantadas, até a profundidade de 220 metros, com a realização aproximada de 11.500 metros de sondagens, a um custo da ordem de US$ 4 milhões. Dependendo dos resultados dessas sondagens, confirmados os teores de ouro obtidos pela CBPM em seus trabalhos iniciais, o projeto poderá evoluir para um estudo de viabilidade econômica e, posteriormente, para a exploração, com o minério oxidado entrando inicialmente em produção. De acordo com o secretário de Desenvolvimento Econômico, Jaques Wagner, as perspectivas são muito boas. ”Acredita-se que a região de Iramaia possa vir a ser um novo distrito aurífero na Bahia, e este é apenas um exemplo da retomada do crescimento do setor mineral na Bahia”, diz Wagner. A última edição da revista In The Mine, uma das mais respeitadas do segmento sobre pesquisa geológica e mineração, deu destaque a este projeto do ouro de Jurema Leste, devido ao prospecto que foi apresentado em março numa feira em Toronto, no Canadá, e disponibilizado para investidores interessados na exploração de ouro. A despeito de todas as projeções negativas feitas no final de 2015 com relação aos preços das commodities minerais para 2016, o mercado reagiu recuperando a demanda e melhorando seus resultados, com os minerais fechando o ano com crescimento dos seus preços e demonstrando boas perspectivas para 2017, à medida que o crescimento econômico global for se recuperando e os mercados se reequilibrarem. O contínuo programa de estudos, ampliação e aprofundamento do conhecimento geológico do estado, mantém a Bahia como um dos principais territórios de interesse para pesquisa de minerais, recebendo pelo segundo ano consecutivo o maior número de Requerimentos de Pesquisa do país.