Acusado por delatores de cobrar propinas em obras da Petrobras, a serviço do PMDB, o lobista Fernando Soares (o Fernando Baiano), entregou-se à Polícia Federal em Curitiba na tarde desta terça-feira (18). Em depoimentos à PF e ao Ministério Público Federal em outubro, o doleiro Alberto Youssef disse que Fernando Baiano operava a cota do PMDB no esquema de corrupção que tinha tentáculos na Petrobras, e que fazia a ponte entre a construtora Andrade Gutierrez com a estatal do petróleo. Inicialmente, a estratégia da defesa era tentar revogar a ordem de prisão por meio de pedido de “habeas corpus”, mas o advogado Mário de Oliveira Filho desistiu e aconselhou a Fernando Baiano que se apresentasse à PF. A prisão de Fernando Baiano foi decretada pelo juiz Sérgio Moro no âmbito da Operação Juízo Final, sétima fase da Lava Jato. Agora, apenas Adarico Negromonte Filho, irmão do ex-ministro das Cidades, Mário Negromonte (PP-BA) encontra-se foragido, dentre os 25 alvos da Operação Lava-Jato cujas prisões foram decretadas na sexta-feira (14). Nesta terça-feira Polícia Federal pediu à Justiça que prorrogue a prisão temporária de Mateus Coutinho de Sá Oliveira, Alexandre Portela Barbosa, José Aldemário Pinheiro Filho, todos da OAS, Ricardo Ribeiro Pessoa e Walmir Pinheiro Santana, da UTC Engenharia, e dos ex-diretor de Serviços da Petrobras Renato Duque.