Oito casas e uma igreja foram vistoriadas pela prefeitura de Amargosa, nesta terça-feira (1º), após terremotos de magnitudes de 4.2 e 3.7 na escala Richter atingirem a região no último domingo (30).
Segundo o prefeito da cidade, Júlio Pinheiro (PT), em sete casas os danos foram superficiais e não comprometem a estrutura dos imóveis, mas uma das casas está condenada e precisará ser demolida.
O imóvel que mais sofreu com o impacto está localizado na comunidade do Feto, na região do distrito de Corta Mão, onde foi registrado o epicentro do tremor.
”A família está fora da casa e a prefeitura está providenciando o aluguel social. A casa será demolida e construída novamente”, disse o prefeito, em entrevista ao site BNews.
Segundo ele, até a próxima sexta-feira (4), o Laboratório de Sismologia (Labsis) da Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN) irá instalar sismógrafos para monitorar a região, da mesma forma que será feito no município de São Miguel das Matas, situado a 21 quilômetros de Amargosa.
”Os aparelhos farão um estudo mais aprofundado da região, já que sabemos que esse fenômeno de acomodação do solo pode durar semanas ou até meses”, explicou o prefeito.
De acordo com Júlio Pinheiro, a cidade já registrou tremores de terra em outro momento, porém, de menor proporção.
”Circulou uma nota de jornal datada de 1889, no final século XIX, apontando um tremor de terra na região, e a já confirmamos a veracidade da informação. Trata-se de uma região de instabilidade sísmica, mas nada foi registrado nessa intensidade e frequência”, observou.
Para auxiliar a população, a prefeitura está disponibilizando os números 192, do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu), e 153, para chamados de emergência, com equipes de infraestrutura, Guarda Municipal e assistência social.