Número de casos confirmados de malária cresce de 9 para 35 no extremo sul da Bahia

Subiu de 9 para 35 o número de casos confirmados de malária em cidades do extremo sul da Bahia. A informação foi dada pela Secretaria de Saúde do Estado, que acompanha o surto na região, nesta terça-feira (6).

A primeira confirmação ocorreu na última sexta-feira (2), em Itabela, por meio da prefeitura , que confirmou ao menos cinco casos de malária no assentamento Margarida Alves. Na segunda-feira (6), a Sesab identificou nove casos de malária: um em Porto Seguro, outro em Itamaraju, e sete em Itabela.

Nesta terça, porém, a Sesab informou que há 35 casos confirmados na região, até o momento, dos quais 34 são de Itabela e um de Trancoso, distrito de Porto Seguro. No total, 64 exames ainda aguardam resultado.

A secretaria enviou uma equipe para a região e solicitou ao Ministério da Saúde um inseticida específico para o combater o mosquito transmissor da malária. A previsão é de que o produto chegue em até cinco dias. Informações iniciais apontam que um homem oriundo de Manaus, no norte do país, infectado com a doença, esteve na região.

De acordo com a Coordenação de Doenças de Transmissão Vetorial da Sesab, o caso é tratado como surto, porque a doença não é endêmica na região. Nenhuma morte foi registrada no estado, até o momento.

Malária

Segundo a Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), a malária é potencialmente grave e costuma ser transmitida ao ser humano pela picada de mosquitos infectados pelo parasita. A doença também pode ser transmitida por compartilhamento de seringas, transfusão de sangue e até de mãe para feto, na gravidez.

Entre os sintomas estão febre alta, calafrios, sudorese e dor de cabeça. Além disso, também podem surgir dores musculares, taquicardia e aumento do baço. Nos casos letais, o paciente desenvolve o que se chama de malária cerebral.

O tratamento deve ser iniciado o mais rápido possível, para eliminar o parasita da corrente sanguínea do paciente. A Fiocruz detalha que o tratamento imediato com antimalárico – até 24h após o início da febre – é fundamental para prevenir as complicações.

Nos casos em que o teste de diagnóstico não estiver acessível nas duas horas primeiras de atendimento, o tratamento com antimaláricos deve ser administrado com base no quadro clínico e epidemiológico do paciente.

O principal meio de prevenção da doença é o controle e eliminação do mosquito transmissor, que pode ser feito por medidas individuais e coletivas, como uso de mosquiteiros, impregnados ou não com inseticidas, roupas que protejam pernas e braços, telas em portas e janelas, e repelentes.

Além disso, também é possível fazer drenagem de coleções de água; pequenas obras de saneamento para eliminação de criadouros do mosquito; aterro, limpeza das margens dos criadouros; modificação do fluxo da água; controle da vegetação aquática e outros. G1