Jornal da Metrópole – Como foi que você começou no jornalismo? Bocão – Comecei em 1989, passando por várias rádios de Salvador. Até que, um dia, fui chamado para fazer um teste para a TV Itapoan e passei pro Telesportes [programa esportivo famoso na década de 1990, que se notabilizou com a dupla Paulo Cerqueira e Chico Queiroz]. Jornal da Metrópole – Falando em esportes, como aquele repórter da TV Bahia, dos tempos de Ivan Pedro, tornou-se um dos principais comunicadores do estado? Bocão – Foi depois que saí da Rede Bahia que resolvi encarar o rádio, ainda trabalhando na produção do cantor Ricardo Chaves. Criei uma fórmula nova no futebol de deixar o torcedor se expressar como quiser. Aí pegou de vez.
Jornal da Metrópole – E o apelido, afinal, como virou Bocão? Bocão – Virou Bocão porque tinha que colocar o nome do programa. Aí, a intenção era contar os bastidores do Axé. Jornal da Metrópole – Falando nisso, você vai fazer que nem o ex-presidente, que agregou “Lula” ao nome de batismo? Bocão – Pergunta sacana não respondo! (risos) Jornal da Metrópole – Pelo que vemos no dia a dia, você não é morno: ou as pessoas te adoram ou te detestam. É por ai? Bocão – Verdade! Tem gente que fala de mim sem nem me conhecer, já sacaneia. Já outras pessoas amam de paixão. Já tô calejado!
Jornal da Metrópole – Você é líder absoluto de audiência, mas o seu estilo é também muito criticado. Por quê? Bocão – Olha… Coisas de quem incomoda. Mário sofre isso também. Ninguém é líder sem aborrecer uma banda [das pessoas], mas levo na minha vida a verdade pra quem quiser ouvir ou ver – diz o apresentador Zé Eduardo em trechos de uma entrevista concedida ao Jornal Metrópole, vinculado à Rádio Metrópole, emissora que o Bocão irá atuar a partir do dia 13.
Foto: Jornal Metrópole
