Acionada pela Policia Federal, a Interpol tenta localizar Adarico Negromonte Filho, 70 anos, irmão do conselheiro do Tribunal de Contas dos Municípios e ex-ministro das Cidades, Mário Negromonte (PP). A busca por Adarico faz parte da sétima fase da operação Lava Jato, deflagrada na última sexta-feira. Ele teve o apartamento, em São Paulo, invadido por agentes para buscas por ser acusado de formação de quadrilha e corrupção ativa. A operação apura os crimes de lavagem de dinheiro e evasão de dívidas em nível nacional e atribui a Adarico ser subordinado do doleiro Alberto Youssef. O irmão de Mário Negromonte transportava o dinheiro de Youssef dentro de malas para, segundo a PF, dar mais agilidade à lavagem de dinheiro. De acordo com as investigações, o esquema pode ter movimento até R$ 10 bilhões e pode envolver pelo menos 40 parlamentares do Congresso Nacional, além de empresas como a Transpetro, braço logístico da Petrobras, Camargo Correa e a OAS. As empresas repassavam parte dos lucros para as operadoras do esquema. E estes lucros serviam como propinas para partidos políticos e dirigentes da Petrobras, cujo ex-diretor de abastecimento Paulo Roberto Costa cumpre pena de prisão domiciliar e acordou delação premiada com a Justiça. Ainda na sexta, o ex-diretor de Serviços da Petrobras Renato Duque e o baiano Ricardo Pessoa, proprietário da empresa UTC/Cotran, foram presos. Até o momento, os investigados que não foram localizados estão com os nomes inscritos no sistema de procurados e impedidos de deixar o país. Além do irmão de Mário Negromonte, entra na lista o lobista Fernando Baiano, citado como agente do PMDB no esquema criminoso. De acordo com o jornal Tribuna da Bahia, o conselheiro do Tribunal de Contas dos Municípios, Mário Negromonte, rechaçou qualquer tentativa de envolvê-lo com o esquema e saiu na defesa do irmão, “até que existam provas concretas que o culpem pelo envolvimento na atividade criminosa”. Leia mais.