O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva afirmou nesta sexta-feira (18), ao fim do seu discurso no protesto em apoio ao governo federal, que não espera que as pessoas reunidas entrem em confronto ao fim do protesto. ”Não aceitem provocação ao voltar para casa. Quem quiser ficar com raiva que morda o próprio dedo!”, afirmou Lula. De acordo com o ex-presidente, as pessoas reunidas na Avenida Paulista ajudaram a derrubar o regime militar e não irão aceitar o golpe contra a democracia. Interrompido algumas vezes sob o grito ”que não vai ter golpe”, Lula declarou ”não querer diminuir eles para subir”. ”Não veja ninguém de vermelho como se fosse inimigo, nossa bandeira verde amarela está dentro da consciência e do coração”, declarou durante o discurso. Lula afirmou ter aceitado participar do governo porque ”porque faltam dois anos e 10 meses e é tempo suficiente para gente virar a história desse país”. Lula ainda disse que aos seus críticos que ”talvez falte informação e eles não tenham maldade” e que irá mostrar para Dilma a foto de todos com as mãos para cima na Paulista, que foram protestar contra o impeachment. ”Quero trabalhar para que um dia a gente venha pra Paulista e sente junto com quem ataca a gente e a gente possa debater politicamente”, declarou o ex-presidente.