O cantor Léo Santana afirmou que o sucesso de algumas músicas no streaming não reflete a aceitação do público nas ruas. Segundo ele, muitas faixas que aparecem no topo das paradas são resultado de investimentos financeiros, e não de popularidade genuína.
”Tem músicas ‘top 1’ que nunca ouvi na rua. Algo está errado. A música é a primeira do país e quando toco não tem resposta? É muito mais dinheiro do que números reais. Já alertei amigos de que peguei músicas deles bem ranqueadas e, quando toquei, não tive resposta. Pagou a posição, mas não chegou na rua”, afirmou o cantor em entrevista para a Folha de São Paulo.
O GG também citou o preconceito enfrentado pelo pagodão, gênero musical que defende e que, segundo ele, representa o som das ruas de Salvador. ”A discriminação vem desde sempre. É um som periférico, com ingressos muito baixos. As pessoas que acessam os paredões são de classe muito baixa. É algo notado nos detalhes —não estar em tal evento, o horário ser pior. Mas não me apego a isso.”
O artista reconheceu as críticas ao gênero, especialmente em relação ao teor de algumas letras, consideradas misóginas. Ele explicou que, quando incorpora músicas desse tipo em seus shows, faz adaptações nas palavras.
”Se for uma música do nosso gênero, que seja assim [misógina] e esteja sendo muito tocada nas comunidades, eu incluo no show, mas de forma diferente. São muitas horas no trio, temos que tocar o que o povo está ouvindo.”, pontuou.