Mulher de 38 anos acusada de matar gato a golpes de facão em via pública de Maracás é presa; delegado esclarece o caso

Uma mulher de 38 anos foi presa na tarde deste domingo (20/04) sob acusação de ter matado um gato preto na rua em que ela reside no bairro Irmã Dulce, na cidade de Maracás. A mulher foi detida por policiais militares da 93ª CIPM após o vídeo que mostra a mesma matando o animal com um facão circular nas redes sociais. Ela foi encaminhada para à Delegacia Territorial de Jaguaquara, durante o Plantão Central da 9ª Coorpin, que atende aos finais de semana, ocorrências policiais de 12 dos 20 municípios do Vale do Jiquiriçá.

A acusada foi ouvida pelo delegado plantonista, que por coincidência é o titular atualmente da Delegacia de Maracás, Chardison Castro de Oliveira, tendo autuado em flagrante a mulher pelo crime de maus-tratos animais sob pena de dois a cinco anos de prisão. Em entrevista ao BMF, o delegado revelou que a mulher disse, em depoimento, que o miado do gato estaria lhe incomodando e a levou a tomar a decisão de mata-lo.

”A Polícia Civil, em contato com à Polícia Militar solicitou que eles efetuassem a prisão da senhora, que efetuou esse crime e, tão logo eles já estavam com ela detida, conduziram ela para a delegacia e, aqui, nós fizemos o flagrante pelo crime de maus-tratos. A lei tipifica com a pena de dois a cinco anos de prisão, não cabendo fiança. A conduzida vai ficar sob a responsabilidade da delegacia, aguardando a decisão judicial, se vai mantê-la presa ou se vai responder em liberdade”, disse a autoridade policial, que determinou que a PM reconduzisse a mulher para Maracás, onde foi apresentada na TD e permanece à disposição da Justiça.

Questionado sobre as informações extraoficiais de que a mulher teria problemas associados à saúde mental, Chardison afirmou não ter percebido durante a interrogação sinais de distúrbio e que para a comprovação de deficiência psiquiátrica é preciso que a defesa da mesma apresente um laudo.

”Nós teremos, na continuidade do inquérito policial, que verificar, inclusive se ela estava, com suas faculdades mentais, na hora do crime, em perfeito estado”, explicou o delegado, afirmando que a mulher estava consciente e que o gato estaria atrapalhando o seu sono. O delegado, que atuou em Jaguaquara por 10 anos como titular se destacou na cidade como um defensor dos direitos dos animais, incentivando a criação de canil e adotou medidas duras contra agressores de animais.

*Blog do Marcos Frahm  / Fotos: BMF