Uma mulher de 35 anos deu à luz gêmeas siamesas na manhã desta quinta-feira (15), na cidade de Santo Antônio de Jesus, no recôncavo da Bahia. De acordo com os médicos, Laura e Laís são unidas pelo abdômen e, até então, se sabe que elas dividem o fígado e o intestino.
As meninas nasceram no Hospital e Maternidade Luiz Argollo. De acordo com a diretora médica da unidade de saúde, Jussara Argolo, a mãe das meninas chegou ao local após algumas horas na estrada, em busca de atendimento. Segundo a médica, Liliane Silva dos Santos mora na cidade de Piraí do Norte, a cerca de 120 km de Santo Antônio de Jesus, e tentou dar à luz em outros municípios, mas não foi aceita nas unidades de saúde locais por conta da complexidade do caso.
Conforme o G1, Jussara Argolo conta que Liliane fazia acompanhamento no Hospital Geral Roberto Santos (HGRS), em Salvador, e já sabia que teria siamesas. A previsão era de que o nascimento ocorresse em cerca de 10 dias. No entanto, as meninas chegaram antes. Ainda segundo a médica, Liliane chegou a Santo Antônio de Jesus com a irmã. O pai da criança estava trabalhando em outra cidade no momento em que a mulher começou a sentir as contrações.
O parto ocorreu por volta das 10h20 e durou cerca de uma hora. De acordo com a médica, após dar à luz, Liliane teve complicações, perdeu muito sangue, e, por isso, foi preciso fazer a retirada do útero. A mulher está internada na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) do hospital sob acompanhamento. Já as meninas foram transferidas para o Hospital da Criança, em Goiânia (GO), onde será feita a cirurgia de separação delas.
As bebês deixaram o Hospital e Maternidade Luiz Argollo por volta das 20h20. Em uma UTI móvel, elas seguirão para o Aeroporto de Feira de Santana, a cerca de 100 km de Salvador, onde uma aeronave irá levá-las para o estado vizinho. A tia das crianças foi com elas e uma outra irmã ficará com a mãe em Santo Antônio de Jesus. A médica conta ainda que juntas as meninas têm 3,780 kg e, apesar das complicações no parto, elas passam bem. ”Estão bem, coradas, com boa frequência cardíaca e boa frequência respiratória. Estão estáveis”, conta Jussara Argolo.