O ministro Edson Fachin, do Supremo Tribunal Federal (STF), acatou um pedido da defesa de Gustavo Pedreira de Couto Ferraz e revogou a prisão domiciliar do aliado do ex-ministro Geddel Vieira Lima. Ferraz foi preso em 8 de setembro após a Polícia Federal encontrar vestígios de suas digitais em algumas notas dos R$ 51 milhões apreendidos em um apartamento de Salvador durante a operação Tesouro Perdido. Ele estava em prisão domiciliar desde o mês de outubro. A reportagem apurou que mesmo com a decisão de Fachin, expedida na sexta-feira, 2, Ferraz ainda permanece em casa com sua tornozeleira porque nenhum dos órgãos notificados pelo ministro cumpriram o alvará de soltura. O documento foi encaminhado ao diretor-geral da Polícia Federal Fernando Segovia e ao secretário de Administração Penitenciária da Bahia, Nestor Duarte Guimarães Neto. Os advogados Pedro Machado de Almeida Castro e Octávio Orzari, que representam Ferraz, tentam desde outubro do ano passado revogar a prisão do ex-chefe da Defesa Civil da Bahia. O principal argumento dos defensores era de que Ferraz colaborou com a investigação. Em pedido encaminhado a Fachin na última quinta-feira, 1, os advogados afirmaram que ”a longa duração de sua prisão também passa a ser um argumento (que ganha força a cada dia que se passa) para a concessão da liberdade, considerando que já está preso há mais de 4 meses, sendo que, jamais demonstrou qualquer risco à sociedade ou ao processo”. Informações do Estadão Conteúdo