O ministro Alexandre de Moraes, relator do inquérito que corre no Supremo Tribunal Federal (STF) contra o presidente Jair Bolsonaro, decidiu que o chefe do Executivo deve ser ouvido pela Polícia Federal. Caberá ao plenário da corte definir se o interrogatório será presencial ou por escrito.
O depoimento de Bolsonaro é a última diligência da investigação feita pela PF. Em novembro, a Advocacia-Geral da União (AGU) informou em ofício ao STF que o presidente optou por não prestar depoimento.
De acordo com informações de O Globo, Moraes afirmou que não cabe a Bolsonaro essa decisão e que, pela Constituição, o investigado ou réu não pode se recusar previamente do interrogatório. No entanto, ele tem o direito de permanecer calado no momento da oitiva Moraes lembrou também que o depoimento é uma forma de assegurar ao investigado um julgamento justo.
Bolsonaro é investigado desde quando o ex-ministro Sergio Moro o acusou de tentar interferir na Polícia Federal. O inquérito foi aberto em abril, a pedido da Procuradoria-Geral da República (PGR), que também coloca Moro na posição de investigado.