Atual ministro da Educação, Victor Godoy relatou que os pastores Gilmar dos Santos e Arilton Moura subornaram um servidor do Fundo Nacional de Desenvolvimento Nacional da Educação (FNDE) com uma moto. A declaração conta em um relatório da Controladoria-Geral da União (CGU), que investiga corrupção na gestão de Milton Ribeiro.
As informações foram divulgadas pelo jornal Estadão. Na investigação da Polícia Federal, os pastores são apontados como lobistas do ”balcão de negócios” no MEC. Gilmar e Arilton não tinham vínculos com a administração pública nem com o setor de ensino e supostamente cobravam propina para a liberação de recursos a prefeituras, em atuação na agenda de Ribeiro.
De acordo com relatório da CGU, um servidor do FNDE identificado como João teria sido cooptado pelos religiosos para agilizar a liberação do dinheiro. O FNDE concentra a maior fatia de recursos destinados a investimentos em educação e é presidido por Marcelo Ponte.
Segundo o parecer da CGU, o servidor ganhou uma motocicleta do pastor Moura. O funcionário foi exonerado e o caso é investigado pela Controladoria-Geral da União.
Em 2021, Milton Ribeiro tentou nomear Arilton Moura em um cargo no MEC. A ideia era que o religioso ocupasse um posto no gabinete de Ribeiro. Como não havia vaga, Victor Godoy – à época, secretário executivo da pasta – ofereceu uma posição em sua área com salário de R$ 10.373,30. Moura então teria ficado “descontente com a remuneração” e solicitou um cargo com vencimento melhor. A nomeação do pastor foi barrada pela Casa Civil. O relatório da CGU não esclarece o motivo, contudo. Com informações do site Bahia Notícias