Um médico da cidade de Assis, no interior de São Paulo, está sendo investigado por ter afirmado que tomou duas doses de vacinas diferentes contra a Covid-19 ”por conta própria”, no período de uma semana. Segundo o G1 SP, o procedimento foi aberto pelo Mis norteadores da Administração Pública, especialmente o da moralidade, com a consequente configuração da prática de ato de improbidade administrativa”.
A prefeitura de Assis tem 10 dias para informar os procedimentos de vacinação no município e explicar o que levou o profissional a ter acesso aos imunizantes. O Hospital Regional, onde atua o médico, deve entregar informações sobre as providências adotadas para apuração da responsabilidade administrativa do médico, assim como informações de ”eventual comunicação ao Cremesp [Conselho Regional de Medicina de SP] para apuração de falta ético-profissional”.
Em novo vídeo publicado na terça, o médico fala que, dias após tomar a primeira dose (CoronaVac), recebeu uma ligação de um hospital particular para que fosse imunizado.
”Me ligaram mais ou menos 16h, dizendo: ‘doutor, vai parar a vacinação aqui às 17h. As vacinas que não forem usadas terão que ser descartadas por causa do resfriamento, vence o tempo dela ficar exposta e a gente não pode usar mais’. Eu pensei: ‘bom, a vacina vai ficar perdida se eu não tomar, não faz diferença’. Mas eu posso trocar a outra dose da CoronaVac pela Astrazeneca, foi esse o meu raciocínio lógico. Eu vou lá, tomo da Astrazeneca, é dose única, já estou na linha de frente mesmo, estou protegido, e a última dose da CoronaVac eu não tomaria, fica à disposição para outro cidadão. Então ninguém tomou vacina de ninguém, ninguém ficou sem vacina por minha causa.”, defendeu-se.
Outro problema no processo foi o fato de Oliveiro ter administrado as doses em intervalo de quatro dias. A primeira, no dia 29 de janeiro. A segunda, em 2 de fevereiro. Ele justificou que queria avaliar informações da imprensa internacional sobre a combinação dos dois imunizantes poder ser mais eficaz na prevenção de novas variantes do coronavírus.
O secretário estadual de Saúde, Jean Gorinchteyn, disse que o governo ”não compactua com este tipo de atitude”, pois contraria todos os protocolos. Já o secretário municipal da Saúde de Assis, Cristiani Silvério, informou que o caso já foi notificado para o Grupo de Vigilância Epidemiológica (GVE) do estado e ao Departamento Jurídico da prefeitura para que todos os procedimentos legais sejam tomados.
nistério Público do município por meio de um inquérito civil.
Em vídeo postado nas redes sociais na última segunda-feira (15), o profissional da saúde Oliveiro Pereira da Silva Alexandre revelou que se aplicou uma dose da CoronaVac e outra da Oxford/AstraZeneca. A publicação foi apagada nesta terça-feira (16).
”Veja bem, lembra que eu falei para vocês que eu tomei a CoronaVac e, por minha conta, eu tomei a da AstraZeneca. Isso não pode, tá bom? Isso não pode”, diz o doutor Oliveiro, assumindo contrariar os protocolos de vacinação estabelecidos pelo Ministério da Saúde.
Responsáveis pela instauração de inquérito civil, os promotores Fernando Fernandes Fraga e Sérgio Campanharo alegam que o médico violou ”princípios norteadores da Administração Pública, especialmente o da moralidade, com a consequente configuração da prática de ato de improbidade administrativa”.
A prefeitura de Assis tem 10 dias para informar os procedimentos de vacinação no município e explicar o que levou o profissional a ter acesso aos imunizantes. O Hospital Regional, onde atua o médico, deve entregar informações sobre as providências adotadas para apuração da responsabilidade administrativa do médico, assim como informações de ”eventual comunicação ao Cremesp [Conselho Regional de Medicina de SP] para apuração de falta ético-profissional”.
Em novo vídeo publicado na terça, o médico fala que, dias após tomar a primeira dose (CoronaVac), recebeu uma ligação de um hospital particular para que fosse imunizado.
”Me ligaram mais ou menos 16h, dizendo: ‘doutor, vai parar a vacinação aqui às 17h. As vacinas que não forem usadas terão que ser descartadas por causa do resfriamento, vence o tempo dela ficar exposta e a gente não pode usar mais’. Eu pensei: ‘bom, a vacina vai ficar perdida se eu não tomar, não faz diferença’. Mas eu posso trocar a outra dose da CoronaVac pela Astrazeneca, foi esse o meu raciocínio lógico. Eu vou lá, tomo da Astrazeneca, é dose única, já estou na linha de frente mesmo, estou protegido, e a última dose da CoronaVac eu não tomaria, fica à disposição para outro cidadão. Então ninguém tomou vacina de ninguém, ninguém ficou sem vacina por minha causa.”, defendeu-se.
Outro problema no processo foi o fato de Oliveiro ter administrado as doses em intervalo de quatro dias. A primeira, no dia 29 de janeiro. A segunda, em 2 de fevereiro. Ele justificou que queria avaliar informações da imprensa internacional sobre a combinação dos dois imunizantes poder ser mais eficaz na prevenção de novas variantes do coronavírus.
O secretário estadual de Saúde, Jean Gorinchteyn, disse que o governo ”não compactua com este tipo de atitude”, pois contraria todos os protocolos. Já o secretário municipal da Saúde de Assis, Cristiani Silvério, informou que o caso já foi notificado para o Grupo de Vigilância Epidemiológica (GVE) do estado e ao Departamento Jurídico da prefeitura para que todos os procedimentos legais sejam tomados.