O Ministério Público Federal (MPF) ajuizou uma ação, nesta segunda-feira (10), contra o presidente Jair Bolsonaro e alguns ministros por falas ”preconceituosas e discriminatórias” contra mulheres, segundo informou o site Metrópoles.
Conforme a publicação, a Procuradoria-Regional dos Direitos do Cidadão em São Paulo quer que a União destine ao menos R$ 10 milhões para campanhas de conscientização sobre direitos das mulheres, além do pagamento de R$ 5 milhões por danos morais coletivos.
De acordo com o MP, ”são muitos os episódios em que o presidente se dirigiu a mulheres de maneira desrespeitosa ou fez insinuações misóginas”. Um dos exemplos citados na ação foi de quando Bolsonaro fez insinuações sexuais contra a repórter do jornal Folha de São Paulo Patrícia Campos Mello.
Em uma outra ocasião, o presidente afirmou que o Brasil não poderia ser o país do ”turismo gay” e disse que ”quem quiser vir fazer sexo com uma mulher, fique à vontade”. Para o MP, ”o descaso do presidente pelos desafios que as mulheres enfrentam, no entanto, não tem se revelado apenas em discursos”, mas em ações do governo.
Ainda segundo o site, além de Bolsonaro, o ministro da Economia, Paulo Guedes, é citado na ação por ter endossado ataques do presidente à primeira-dama da França, Brigitte Macron.
”É desolador que mensagens e pronunciamentos de ministros do Poder Executivo Federal, com absoluta falta de sensibilidade, minimizem o grave problema da violência contra a mulher”, afirmou o MPF. Assinam o documento os procuradores Pedro Antonio de Oliveira Machado e Lisiane Braecher.