O Ministério Público do Estado de São Paulo pediu nesta quinta-feira (10/3) a prisão preventiva do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva e de outras 15 pessoas. Segundo o órgão, o petista cometeu crime de lavagem de dinheiro e falsidade ideológica ao ocultar a propriedade do tríplex 164-A, no Condomínio Solaris, no Guarujá, que estaria oficialmente registrado em nome da empreiteira OAS. Em entrevista coletiva realizada nesta quinta, o promotor Cássio Conserino defendeu a denúncia apresentada contra Lula por lavagem de dinheiro e falsidade ideológica, afirmando que ”nada do que foi feito é fruto de invencionice”, mas sim ‘fruto de depoimentos e de provas documentais”. Pela manhã, o Instituto Lula afirmou que a denúncia do MP-SP ”não tem base na realidade’, uma vez que o ex-presidente ”não pode ocultar patrimônio que não é dele” De acordo com os promotores, o MP paulista concluiu que o ex-presidente é o dono do triplex do Guarujá. ”Duas dezenas de pessoas nos relataram que aquele triplex era destinado ao ex-presidente Lula e sua família. Vale dizer que dentre essas pessoas figuravam funcionários do prédio, moradores, funcionários da OAS, o proprietário da empresa que fez a reforma nos relatou que fez uma reunião para apresentar parte da reforma com a presença da ex-primeira dama e o seu filho”, explica o promotor Cássio Conserino. A juíza de São Paulo, Maria Priscila Veiga Oliveira, vai decidir se o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva se tornará réu na denúncia dos promotores. A ação do Ministério Público Estadual vai ser analisado pela quarta vara criminal da Justiça de São Paulo.