Um medicamento que é usado contra a cólica menstrual mostrou eficácia no tratamento da esquistossomose. O anti-inflamatório ácido mefemânico, de acordo com experimentos feitos na Universidade Guarulhos, com apoio da FAPESP, reduziu em 80% a carga parasitária em camundongos com o verme Schistoma mansoni.
De acordo com site da Agência Fapesp, o índice está acima do chamado ”padrão-ouro” estipulado pela Organização Mundial da Saúde (OMS) para novos medicamentos. A pesquisa ainda indica que o anti-inflamatório pode ser mais eficiente inclusive do que o único medicamento existente para a esquistossomose, o prazinquantel.
De qualquer forma, o remédio ainda precisa passar por testes em humanos com a verminose para que ele possa ser receitado. A pesquisa analisou 73 anti-inflamatórios não esteroidais comercializados no Brasil e em outros países. Desses, cinco apresentaram eficiência no tratamento contra a infecção.
A Organização Mundial da Saúde (OMS) aponta que, hoje, mais de 240 milhões de pessoas no mundo sofrem com a esquistossomose. A necessidade de encontrar um novo medicamento se deu porque o prazinquantel já está sendo utilizado há 40 anos.
A esquistossomose é uma doença causada pelo verme Schistosoma mansoni, e sua evolução pode levar à morte. A pessoa adquire a doença quando entra em contato com água doce onde existam caramujos infectados pelos vermes causadores. Quando entram no organismo da pessoa, se hospedam nas veias e no fígado.
Também conhecida como Barriga D’água, a doença traz sintomas como febre, dor de cabeça, calafrios, suores, fraqueza, falta de apetite, dor muscular, tosse e diarreia, além, é claro, de aumentar consideravelmente o tamanho da barriga do infectado.