A uma semana da votação no Senado Federal que poderá definir pelo afastamento da presidenta Dilma Rousseff do governo por 180 dias, o Ministério da Educação (MEC) intensificou os anúncios. Desde que assumiu a pasta, no dia 5 de outubro do ano passado, o ministro Aloizio Mercadante faz cerca de uma coletiva por semana. Nos últimos dias, os pronunciamentos se intensificaram. Nesta semana, foram quase diários. Com exceção de quarta-feira, Mercadante falou com a imprensa de segunda a sexta. Anunciou programas como o Plano de Acolhimento, Permanência e Êxito (Pape), para localizar crianças e jovens fora da escola, instituiu um novo sistema de avaliação para a educação básica e passou o bastão da discussão da Base Nacional Comum Curricular, que irá nortear o que será ensinado nas escolas a todos os estudantes brasileiros, ao Conselho Nacional de Educação (CNE). O ministro sempre critica a falta de espaço na imprensa e afirma que não haverá “golpe” na educação. ”Aqui está todo mundo trabalhando intensamente, construindo, apresentando, se empenhando ao máximo para melhorar a educação, que é a nossa responsabilidade. Tenho um lema: antes de decidir, pense no estudante. A educação não pode parar”, disse após a coletiva de imprensa na sexta-feira (6/5). Perguntado se acredita que as políticas recentemente anunciadas terão continuidade em um eventual governo encabeçado pelo vice-presidente Michel Temer, Mercadante diz que não pode fazer essa avaliação. ”Não sei o que vai acontecer no país, muito menos o que vai acontecer no MEC. Mas vou trabalhar sempre para fazer o melhor até o último momento que eu tiver responsabilidade pela educação”. Na sexta-feira, a continuidade do processo de impeachment de Dilma foi aprovada na comissão especial do Senado. O relatório será votado agora em plenário. A expectativa é que a conclusão dessa etapa ocorra na quinta-feira (12). Leia mais