O presidente estadual do Progressistas, Mário Negromonte Jr. tem se mostrado contrário a federação que aponta uma aliança entre o PP e o União Brasil, partido presido no Estado pelo ex-prefeito de Salvador, ACM Neto. Se a federação acontecer, os partidos devem atuar juntos, como uma sigla só, pelos próximos quatro anos, dividindo o fundo partidário, o tempo de televisão e o comando seria rotativo entre as duas legendas partidárias, com um partido substituindo o outro a cada seis meses. A possibilidade dessa união se concretizar aumenta após uma reunião na Sala dos Líderes da Câmara dos Deputados, no último dia (18), entre parlamentares e integrantes da Executiva Nacional do PP, incluindo o próprio Negromonte, que se diz contrário a chamada federação e defende a reintegração do partido a base do Governo do Estado na Bahia.
Presente em ato do Governo nesta quinta-feira (20) em Ipiaú, no Médio Rio de Contas, o deputado federal esteve ao lado do governador Jerônimo Rodrigues (PT) e, acompanhado de três deputados estaduais do PP, Hassan, Niltinho e Eduardo Sales o parlamentar fez um discurso curto, mas com fortes demonstrações de interesse em aliança com o PT baiano, de quem já foi aliado até as eleições de 2022. Questionado pelo Blog do Marcos Frahm sobre a federação, Mário não tergiversou e disse discordar da formação com o União Brasil. ”eu já deixei muito clara a minha posição contrária a federação, aliás, sou a favor da coligação, porque o partido faz isso nacionalmente, mas nós tomamos liberdade de fazer aqui no estado o que é de interesse do estado. A federação engessa o partido como um todo no Brasil inteiro. Então, isso, por exemplo aqui na Bahia, sai linha do que nós estamos conversando ao longo do tempo. A maioria do partido defende que nós estejamos com o governador Jerônimo e eu tenho que defender o interesse da maioria. É por isso que a gente é contrário a federação com o União Brasil, nada contra pessoas”, justificou Negromonte.
Além de presidente do PP/Bahia Mário é um dos membros da Executiva Nacional, acompanha de perto as discussões em Brasília e disse que não costuma sofrer de véspera e prefere aguardar os próximos capítulos. ”A gente só vai se preocupar quando acontecer, porque não aconteceu. Eu não costumo sofrer de véspera. É um caminho, tem muitos problemas, muitos estados para poder resolver uma composição com outros partidos como o União Brasil e Cidadania. Então, vamos aguardar os próximos passos, ainda tem o passo se acontecer, de como vai ser isso, o regramento, o estatuto e também como é que vai ficar o partido nos estados. O partido aqui tem posição, sabe o que quer e vai lutar até o fim para defender os interesses da maioria”, afirmou o presidente.
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