Quem se afastou do cargo no terceiro mês de mandato foi o prefeito de Maracás, Nelson Portela (PT), que transferiu o bastão ao vice-prefeito Jilmar Novaes (PP), o Jilmazinho da Jequié Som. Portela, que exerce o cargo de prefeito pela terceira vez e voltou ao poder depois de 12 anos se licenciou no último dia (21), estando afastado pelo período de 15 dias, sob a justificativa de atividade particular, devendo retornar ao cargo no próximo dia (02) de abril. O licenciamento de um cargo público é uma autorização concedida a um servidor para exercer um mandato eletivo. O servidor pode ou não ser afastado de suas funções, dependendo do cargo eletivo. Os motivos para a licença podem ser pessoais, como é o caso de Nelson.
O afastamento temporário do mandatário de Maracás dar visibilidade ao vice, Jilmar, que nunca escondeu o desejo de ser prefeito da Cidade das Flores, inclusive, se articulou para ser o candidato do prefeito anterior em 2024, o seu primo, Soya Novaes (PDT), que optou pelo nome do outro primo e então secretário de Planejamento, Reginaldo Novaes (PDT), que nem chegou a ter a candidatura registrada e o grupo decidiu pelo empresário Eliosvaldo Fontes (PDT), o Lió, que foi derrotado por Nelson numa eleição emblemática, com uma diferença de 602 votos.
A chapa de Nelson com Jilmar, que em 2022, assim como o primo Soya apoiou ACM Neto (UB) ao Governo, até pouco tempo antes das eleições era inimaginável nos bastidores da política. Com a recusa do grupo de Soya, Jilmar se entendeu com Portela e o PT, aceitou ser o vice da oposição e foi o divisor de águas das eleições. O empresário do setor de som automotivo, que não era considerado liderança política, agora é vice-prefeito e não descarta alçar vôos mais altos. Apesar do desejo de ser o chefe do Executivo, ainda não há sinais de ruptura com Nelson, ambos ainda estão em sintonia.
