Maracás: Câmara reprova matéria que tentava sustar efeitos de decreto do prefeito, que veta eleição de diretores escolares

Votação ocorreu com as galerias da Câmara lotadas na sessão ordinária de de quinta-feira

A Câmara de Vereadores de Maracás colocou em votação, durante sessão realizada na noite de quinta-feira (13) uma um Projeto de Decreto Legislativo apresentado na Casa pela bancada de oposição ao prefeito Nelson Portela (PT) com o objetivo de suspender os efeitos do Decreto Nº 143 de (7) de fevereiro de 2025, publicado pelo Executivo, revogando Ato Administrativo de homologação de eleição direta para diretores e vice-diretores escolares da rede pública municipal de ensino.

Sessão foi conduzida pelo presidente Jonas Amorim (Republicanos). Foto: Divulgação

Ao revogar o ato do ex-prefeito Soya Novaes (PDT) Nelson abriu brecha para aparição da oposição na Câmara, que explora o assunto desde a data de publicação do Decreto, que divide opiniões na cidade e resgata, pelo menos nos bastidores, o clima político de um embate atípico de eleição polarizada, entre os dois grupos que disputaram as eleições municipais de 2024, cujo resultado foi de acirramento, com Nelson vencendo Lió (PDT), o candidato apoiado pelo então prefeito Soya, com uma diferença de 602 votos. No Decreto, Portela veta a realização de eleição, passa a ter autonomia para indicar e nomear os diretores escolares, alega irregularidades o ato da gestão anterior e diz que busca garantir a legitimidade do processo de escolha que, dessa forma, é feito pelo próprio gestor.

Entretanto, apesar da tensão gerada pela matéria entre oposição e situação na Câmara, o prefeito saiu vitorioso, a base governista votou pela manutenção do Decreto, 5 votos a 4, mas a votação deu sinais claros de que a gestão petista não terá céu de brigadeiro na Casa. Apenas a vereadora Sozy Fontes (PDT) não compareceu. Votaram pela manutenção da revogação do ato os vereadores: Marcos de Clovis (PT); Hellyan da Nss (PSD); Ronaldo de Porto Alegre (PP); Heraldo Junior (PSD) e Noelia de Damião (PCdoB). Votaram contrários ao Decreto de Nelson os vereadores: Renê Almeida (MDB), Alex Gomes (PDT), Pequeno (MDB) e Heugenio (PSD). A sessão foi presidida pelo presidente Jonas Amorim (Republicanos). Nos bastidores, observa-se que os simpatizantes da política em Maracás ainda seguem inflamados até no aplicativo WhatsApp e essa divisão reacende esperança de revanche entre os grupos. Claro que é cedo para dizer quem perde ou ganha numa futura eleição, cum uma ressalva: a medição de forças pode começar antes, já nas eleições para governador e deputados, em 2026.