A mão do destino, também chamada de lentidão e falta de tempo hábil, pode ajudar o deputado federal Luiz Argolo (SD-BA) a fugir da cassação. O Congresso Nacional deve entrar de recesso na próxima quarta-feira (17). Ele não será mais deputado em fevereiro porque não conseguiu se reeleger. Após um mês parado na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ), recurso de Argolo contra a perda de mandato foi liberado par análise, o que deve acontecer na terça-feira (16), um dia antes do recesso. Fontes ouvidas pela Folha de S. Paulo dizem que se o pedido ficar para o ano que vem o processo passará pelo crivo de técnicos da Casa, mas a tendência será pelo arquivamento já que o parlamentar não se reelegeu. Argôlo está na suplência. O parlamentar baiano é acusado de ter vínculo com o doleiro Alberto Yousseff, preso na Operação Lava-Jato. Meire Bonfim, que prestou serviços contábeis por quatro anos ao doleiro, falou ao Conselho de Ética da Câmara e denunciou o envolvimento do deputado no esquema de corrupção. A contadora disse conhecer bem Argôlo. Segundo ele, o deputado era chamado de “bebê Johnson”. O deputado negou. “Só estive com essa mulher uma vez e, não sei como, ela descobriu o meu telefone celular e mandou uma mensagem para mim, dizendo que precisava falar comigo urgentemente”. Luiz Argôlo confirmou manter relações comerciais com Alberto Yousseff, mas negou a acusação de qualquer negócio ilícito. Argolo foi apresentado a Youssef em 2011, quando se elegeu deputado federal pelo PP.