Um grupo de manifestantes derrubou um dos portões de acesso ao Palácio dos Bandeirantes –sede do governo de São Paulo– na noite desta segunda-feira durante o protesto contra o aumento dos transportes públicos. A polícia respondeu com bombas de gás lacrimogêneo, o que fez com que o grupo recuasse e não chegasse a invadir o prédio, de onde o governador Geraldo Alckmin (PSDB) e secretários acompanham o protesto desde a tarde desta segunda-feira. “Não dá para segurar. O povo está revoltado”, disse Caio Martins, membro do Movimento Passe Livre. Ainda na frente do prédio, grupos de manifestantes se dividem entre pedidos de paz e cantos do hino nacional. Desde a chegada ao local, muitos manifestantes chutavam os portões e lançavam pedras em direção aos policiais, que ficaram do lado de dentro do palácio. Outros manifestantes, no entanto, tentavam acalmar as pessoas mais exaltadas. Durante todo o protesto, o movimento havia sido pacífico. Os cerca de 65 mil manifestantes, que se concentraram no largo do Batata, na zona oeste, no fim da tarde, se dividiram e fecharam vias como a Faria Lima, av. Eusébio Matoso, a av. Paulista, a ponte Estaiada e a marginal Pinheiros, antes de se dirigirem para o palácio dos Bandeirantes. Esse é o quinto protesto feito contra o aumento do transporte público. Da Folha de São Paulo
Foto: Miguel Schincariol/AFP