Pelo que representou como sacerdotisa do candomblé, pelo símbolo que se tornou como líder religiosa, Mãe Stella de Oxóssi, também pelo respeito que impunha com a força moral das palavras, tornou-se um ícone da Bahia.
Confinar o velório a uma Câmara de Vereadores, no caso, a de Nazaré, com todo respeito aos nazarenos, é muito menor do que ela. Dona Grazielle Domini, a companheira dela, por ser tutora, achou-se também dona do corpo e chegou a chamar a polícia, em Santo Antonio de Jesus, para impedir a transferência para Salvador.
Ou seja, um caso que começou com polícia entrou pela justiça.
Mãe Stella não merecia isso. Oscar Niemayer dizia que a vida é assim, cada um vem, dá o seu recado e vai embora. E é claro que o recado tem hierarquia. Ela deu o bom recado.
Ela é maior, é patrimônio da Bahia. E é assim que prevalecerá na história.
*Por Levi Vasconcelos