Mãe de empresário morto pela polícia após furar blitz na Bahia pede justiça: ”não parou porque estava bebendo”

Mãe de Fernando Alves lamentou morte do filho. Foto: Reprodução/TV Subaé

A mãe do empresário Fernando Alves Souza Coelho, de 39 anos, que morreu baleado após fugir de uma blitz, na noite de sábado (12) em Feira de Santana, a cerca de 100 km de Salvador, pediu justiça durante o velório do corpo do filho.

”Uma mãe não merece perder um filho dessa forma. Se ele fosse um bandido, eu aceitaria, mas ele não era. Meu filho era uma pessoa batalhadora, trabalhadora, que corria atrás, gostava de ficar com a família”, disse Marilene Alves. Segundo a mãe de Fernando, o empresário não parou na blitz porque estava em um bar com a namorada. Ele ingeriu uma cerveja e um coquetel e optou por não parar durante a abordagem policial. Uma arma calibre 38 mm foi encontrada no veículo dele. Não há informações se ela era legalizada.

”Ele errou de correr da polícia e não parar na blitz. Não parou porque estava bebendo, não bebeu muito, como a namorada dele falou: bebeu uma cerveja e um coquetel”, afirmou. Após curtir a tarde no bar com a namorada, o casal estava a caminho do rancho que o empresário estava construindo para andar a cavalo. ”Se ele tivesse ido para a casa dele, não tinha acontecido isso. Ele morava no bairro do Papagaio e estava indo para o rancho, andar a cavalo”.

”Ele amava fazer isso e a vida dele era a cachorra, a namorada, os cavalos e o rancho que ele estava construindo e não pode desfrutar, porque ainda estava incompleto”, lamentou. O corpo de Fernando Alves Souza foi sepultado sob forte comoção de amigos e familiares em uma igreja evangélica no bairro Jardim Cruzeiro e sepultado no cemitério do bairro Sobradinho. ”A justiça dos homens vai prevalecer. Fé em Jesus, que ele não vai deixar a gente passar por essa dor em vão”.

Em 2018, o empresário foi suspeito de ameaçar vazar nudes (fotos íntimas) de uma cliente. Ele foi liberado da delegacia após audiência de custódia.Na época, a Polícia Civil disse que Lengocell, como era conhecido na região, teve acesso às fotos depois que a vítima trocou de celular na loja dele. Antes de deixar o aparelho no estabelecimento, a mulher, que na época tinha 30 anos, esqueceu de apagar as imagens e algumas conversas, que foram encontradas pelo suspeito. G1