A Polícia Civil de Cravinhos, no interior de São Paulo, prendeu na quarta-feira (10), um casal suspeito de ter matado o filho de 17 anos. Itaberlly Lozano foi morto a facadas e teve seu corpo queimado em um canavial na zona rural da cidade. Policiais acreditam que a morte tenha ocorrido em 29 de dezembro, apesar de seu corpo ter sido encontrado dias depois. O desaparecimento foi relatado na semana passada pela avó do rapaz, e ele foi reconhecido graças uma pulseira que estava ao lado do corpo carbonizado. A mãe do jovem, Tatiana Lozano, que é gerente de um supermercado, confessou o crime e disse ter matado o filho a facadas durante uma briga. Isso porque ele teria ameaçado a família e estaria usando drogas. Já familiares disseram à polícia acreditar que o crime tenha motivação homofóbica – a vítima era gay. Após a morte, o marido dela e padrasto do rapaz, Alex Pereira, teriam levado o corpo para o canavial ao lado da Rodovia José Fregonesi e queimado. Segundo a mulher, ele e o filho do casal – um menino de 4 anos – não teriam presenciado a morte. Para a polícia, no entanto, o casal teria participado junto do crime e, por isso, os dois foram autuados por homicídio duplamente qualificado, com agravantes, e ocultação de cadáver. Duas facas foram apreendidas. Os acusados não tinham passagem pela polícia. O advogado do casal, Fabiano Ravagnani Júnior, informou que pedirá a liberdade dos clientes. A alegação é de que a mãe agiu em legítima defesa e sob forte emoção. Já o padrasto estaria dormindo e não teria visto o crime. ”Família em primeiro lugar” comentou nas redes sociais o jovem Itaberlly Lozano nas fotos que postou ao lado da mãe, do padrasto e do irmão tiradas no último Natal, dias antes de ser assassinado. Sua morte gerou comoção na cidade.