Luiz Argôlo em conversa com Marcos Frahm e Sílvio Senna
O deputado federal pelo SD-BA, Luiz Argôlo, declarou ontem que foi vítima de extorsão por parte da ex-contadora Meire Bonfim da Silva Poza. O parlamentar baiano é acusado de possuir vínculo com o doleiro Alberto Yousseff, preso na Operação Lava-Jato. Em entrevista a jornalistas na tarde de ontem, Argolo contou detalhes do caso e afirmou que foi usado pelos verdadeiros culpados. “Não existe um processo jurídico contra mim. Nesse processo de investigação contra Alberto Yousseff, tem falas com diversas pessoas. E o que eles encontraram nessas falas? ‘Pegaram’ um ‘cabra’ do interior, que não tem padrinho nenhum, e colocaram pra falar”, defendeu-se. Na semana passada, Meire Bonfim, que durante quatro anos prestou serviços contábeis a empresas de Alberto Yousseff, foi ao Conselho de Ética da Câmara e denunciou o envolvimento do deputado, bem como de outros de outros parlamentares, com o esquema. A contadora disse conhecer bem Argôlo, que, de acordo com ela, era chamado de “bebê Johnson”. “Só estive com essa mulher uma vez e, não sei como, ela descobriu o meu telefone celular e mandou uma mensagem para mim, dizendo que precisava falar comigo urgentemente”, contrapõe o deputado. Segundo ele, seu advogado marcou um encontro com Meire, que declarou problemas financeiros e pediu uma quantia em dinheiro. “Na ocasião, ela disse que não queria prejudicar ninguém. Disse que Yousseff não queria resolver a vida dela, e pediu R$ 300 mil para pagar um advogado e algumas contas que estavam acumuladas. Ela chegou a mostrar um extrato da conta bancária”, relatou, acrescentando que se recusou a dar o dinheiro, por nada dever nem temer, o que teria motivado a declaração de Meire no Conselho. Aos jornalistas, Luiz Argôlo confirmou manter relações comerciais com Alberto Yousseff, mas negou a acusação de qualquer negócio ilícito. Leia mais no Tribuna.