O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) afirmou nesta sexta-feira(30), ter ”levado uma facada nas costas”, após a decisão do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), que o torna inelegível durante oito anos.
A declaração do ex-presidente aconteceu durante entrevista à Rádio Itatiaia. Bolsonaro está em Belo Horizonte para o velório do ex-ministro da Agricultura, Alysson Paolinelli.
”Hoje vivemos aqui uma inelegibilidade. Não gostaria de me tornar inelegível. Na política, essa frase não é minha, ninguém mata, ninguém morre”, disse. ”Espero, né, porque tentaram me matar em Juiz de Fora há pouco tempo com uma facada na barriga. E hoje levei uma facada nas costas com a inelegibilidade por abuso de poder político”, afirmou.
O ex-presidente de 68 anos, só poderá se eleger novamente em 2030, quando já estará com 75 anos, ficando afastado portanto de três eleições, inclusive de uma eleição nacional.
A ação em julgamento é referente à reunião que aconteceu em julho de 2022 do ex-presidente com embaixadores estrangeiros no Palácio da Alvorada. No encontro, ele fez afirmações distorcidas e falsas acerca do processo eleitoral, apontando que estaria se baseando em dados oficiais e ainda alegou desacreditar dos ministros do TSE.
Bolsonaro declarou ainda que vai seguir com recurso para o STF junto com seus advogados. ”Vou conversar com meus advogados, e o recurso segue para o STF”, disse à rádio, ao ser questionado sobre o que faria caso fosse tornado inelegível. “Esse julgamento não tem pé, nem cabeça”, apontou o ex-presidente.
”Não ataquei o sistema eleitoral, eu mostrei possíveis falhas”, disse, à rádio, sobre o encontro. O Tribunal Superior Eleitoral (TSE) formou maioria para condenar Bolsonaro e torná-lo inelegível durante oito anos. O placar final foi de 5 a 2 pela condenação.