A Executiva Nacional do Partido Progressista decidiu pela aprovação do processo de impeachment que afastou a presidente Dilma Rousseff (PP), em abril deste ano e com promessa de punição aos parlamentares que não seguissem a determinação da legenda. Filho do cacique do PP baiano, o deputado Cacá Leão não seguiu a orientação, nem tão pouco disse não ao impeachment. Cacá se absteve na votação. Perguntado pelo Blog Marcos Frahm sobre a possibilidade de retaliação da Executiva diante da decisão do seu filho, o vice-governador João Leão, vice-presidente nacional do PP, disse não ver problemas entre o diretório baiano da legenda e a Executiva Nacional. ”Não muda nada, nós estamos bem. Eu sou vice-presidente do partido a nível nacional, então nos entendemos maravilhosamente bem. Muitos, antes disso, votavam contra o governo Dilma e nós nunca tomamos nenhuma posição. O partido progressista é um partido flexível, você tem que dar ao deputado, ao líder, a autonomia dele tomar seu rumo. Se o candidato fosse do meu partido, aí eu teria obrigação de me posicionar”, explicou. Quando questionado se acredita em retaliação do agora ministro Geddel Vieira Lima (PMDB) ao Governo Rui Costa (PT), Leão disse não acreditar. ”Não acredito não. Eu acho que nós estamos vivendo um momento tão difícil no mundo e no Brasil e na Bahia a gente ver a coisa caminhando, a gente ver o metro com suas obras adiantadas, avenidas em Salvador, a policlínica em Jequié, uma série de obras, a gente ver o governo trabalhado e eu não acredito que ninguém queira mal a sua terra”, concluiu.