A ex-contadora do doleiro Alberto Youssef, Meire Poza, detalhou os encontros entre o antigo chefe e o ex-deputado federal Luiz Argôlo (SD-BA) durante depoimento nesta quarta-feira (12). Além de Argôlo, o ex-deputado federal e atual conselheiro do Tribunal de Contas dos Municípios (TCM), Mário Negromonte, também teria sido envolvido nos indícios apontados por Meire. De acordo com a coluna Satélite, do jornal Correio, após o Carnaval a força-tarefa da Operação Lava Jato deve convocar o ex-deputado após as últimas peças do quebra-cabeças montado para apurar as ligações entre Argôlo e Youssef terem sido montadas. Meire indicou que o doleiro e o baiano mantinham encontros em um escritório sigiloso em Curitiba, onde Youssef reservada para encontros com políticos. A ex-contadora sinalizou ainda o funcionamento da remessa de dinheiro e empresas de fachada criadas para camuflar transações financeiras com membros do Congresso Nacional. Argôlo perdeu o foro privilegiado no último dia 1º de fevereiro, quando deixou o Congresso Nacional. Já o atual conselheiro do TCM não deve ser convocado pela Operação para depor. Segundo a coluna, a condição de membro de tribunal de contas exige que apenas o Superior Tribunal de Justiça possa processar, o que impede a convocação de conselheiros em primeira instância.