O clima é de insatisfação crescente entre os moradores do bairro Casca, em Jaguaquara, que sofrem, desde o último dia (4) de novembro com a interdição da ladeira / Rua Bela Vista após forte chuva registrada à época e que teria provocado erosão em obras de esgotamento sanitário que eram realizadas por uma empresa de engenharia, KME, contratada pela Empresa Baiana de Águas e Saneamento – Embasa para executar obras na cidade.
A chuva teria gerado infiltrações que provocaram erosão em valas abertas pela empresa e, consequência disso, ocorreu o bloqueio parcial da via, que atinge milhares de pessoas, prejudicando até o tráfego de pedestres no local. A revolta é maior porque, de lá pra cá, a chuva deu trégua, e no entendimento dos moradores, houve tempo suficiente para que os serviços fossem concluídos, caso a empreiteira acelerasse as obras, que tiveram que ser reiniciadas depois de fortes chuvas nesta semana.
Já a empresa, que não emitiu nenhum comunicado, toca os serviços lentamente, agora, em período chuvoso, o que dificulta a conclusão. Em rede social, a Prefeitura pediu a compreensão da população no início da semana, informando o bloqueio total da ladeira, que antes estava parcialmente interditada, atraindo o tráfego de veículos que acabam danificando a pavimentação que era realizada. ”Trata-se de uma tragédia anunciada”, lamentam os moradores, irritados com o posicionamento da Prefeitura e da Embasa local que, embora tenham conhecimento que os transtornos são imensos, não adotaram nenhuma providência eficaz para evitar o colapso total do trecho enquanto a chuva teria dado trégua: ”veio prefeita, um vereador fazer vídeo, representante da Embasa, mas não há sequer uma placa da Prefeitura indicando a interdição e o bairro se encontra num verdadeiro cenário de abandono. Uma humilhação ter que enfrentar buracos e lama circulando mais três quilômetros para chegar ao Jatobá pela Rua Lindolfo Porto, além do risco de assaltos a noite”, reclamou o proprietário de um mercado instalado no bairro, dizendo ser prejudicado com o desleixo.
A situação tem deixado os moradores apreensivos diante da chuva que cai, prorrogando o prazo de conclusão das obras no local. Os entregadores de delivery e mototaxistas estão evitando, em sua grande maioria, irem ao bairro no período noturno.