A juíza federal Karine Costa Carlos Rhem indeferiu recurso do prefeito de Itagibá, Gilson Fonseca e determinou apuração de improbidade administrativa contra ele, por supostas irregularidades na gestão passada, referente a operação ”Carcará”. A referida operação foi deflagrada pela Polícia Federal em conjunto com a Controladoria Geral da União(CGU) a fim de desarticular organização criminosa que desviava recursos públicos destinados à compra de merenda escolar, compra de medicamentos e execução de obras em municípios baianos, entre eles o município de Itagibá para adoção de medidas cabíveis no tocante às supostas até então irregularidades. ”Inicialmente, reitero a competência da Justiça Federal para processar e julgar o presente feito. Não vislumbro motivo para o encerramento prematuro da presente ação”, afirmou a juíza. ”Isto porque, considerando os objetivos que permeiam as normas jurídicas regentes da ação de improbidade administrativa, a sua rejeição de pronto se constitui medida marcada pela excepcionalidade, por apenas admitir guarida quando evidenciada a inexistência do ato de improbidade, a improcedência da ação ou a inadequação da via eleita”, complementou. ”Sobre os indícios do envolvimento dos réus nos fatos citados cabe referir que Gilson Fonseca, ex-prefeito, Ana Cláudia, ex-secretária de saúde, Ariana Maria, ex-coordenadora de saúde e Nívea Sales, ex-coordenadora de compras, eram os responsáveis na época diretos pela gestão dos recursos em destaque e/ou dos medicamentos adquiridos, gerando forte suspeita do conluio para a prática dos ilícitos já descritos”, destacou a juíza na sentença.