A juíza Adriana Genin Fiore Basso, da 3ª Vara Cível do Tribunal de Justiça de São Paulo (TJ-SP), absolveu o diretor de redação da revista Istoé, Joaquim Germano da Cruz Oliveira, e a Editora Três, que edita a publicação, na ação de danos morais movida pela primeira-dama Michelle Bolsonaro.
As informações são do site Conjur.
O texto que provocou a ação foi publicado no dia 21 de fevereiro no site da revista, com o título ”O esforço de Bolsonaro para vigiar a mulher de perto”. O jornalista afirma que a primeira-dama demonstra certo desconforto no casamento, que fez uma cirurgia enquanto o marido viajou para a Bahia e que viajava pelo Brasil com o agora ex-ministro Osmar Terra. A publicação ainda aponta que o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) decidiu instalar o gabinete de Michelle na Biblioteca do Planalto para ”vigiá-la de perto”.
A magistrada fez críticas à construção do texto, mas concluiu que não se pode extrair intuito doloso de ofensa à honra da primeira-dama.
”Vê-se ainda que, malgrado o volume o expressivo de comentários repercutidos nas mídias sociais, tais parecem não macular a imagem que, segundo alegou-se na inicial, a primeira-dama vem construindo ao longo de sua trajetória, mesmo porque, via de regra, esses comentários são mais impulsionados pelo espírito especulativo e de ataque político-ideológico do que propriamente pela vontade de ofender ou arranhar a honra da Sra. Michelle”, diz trecho da decisão.
Michelle alegou que seu caráter nunca havia sido questionado até os réus publicarem a matéria. Ela afirmou que o jornalista publicou uma reportagem puramente especulativa sobre a sua integridade e caráter, ”afirmando aos leitores que havia sido infiel em seu matrimonio”.