O julgamento do pedido de cassação da chapa Dilma-Temer por abuso de poder econômico foi encerrado na noite desta terça e será retomado na quarta-feira (7/6) com a mais polêmica das preliminares: a validade ou não dos depoimentos prestados pelos ex-diretores da Odebrecht, Marcelo Odebrecht e Claudio Melo Filho, além dos marqueteiros João Santana e Mônica Moura. As defesas tanto do presidente Temer quanto da ex-presidente Dilma defendem que esses depoimentos não sejam levados em consideração, alegando que eles não fazem parte do processo original. Segundo o advogado do presidente Temer, Gustavo Guedes, no caso de Marcelo Odebrecht e Claudio de Melo Filho, a situação é ainda mais grave porque as oitivas deles não foram solicitadas por nenhuma das partes: “Eles foram ouvidos por uma decisão do relator Herman Benjamin a partir do vazamento das delações dos executivos ao Ministério Público Federal”. No caso do casal de marqueteiros, eles foram convocados a pedido do procurador geral eleitoral Nicolao Dino. Guedes acredita que o primeiro dia de julgamento foi técnico e tranquilo e mantém a confiança na absolvição do presidente Temer. “Mas é algo que permanece imprevisível. Trabalhamos com expectativas de posições anteriores, mas qualquer um que der placar agora está equivocado, pois não houve antecipação de votos dos juízes”.